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Palavra do leitor

As montanhas

"... Tende fé em Deus; Porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito." Mc 11.22-23

Daí o dito que a fé remove montanhas.

Entretanto, se isso não for devidamente compreendido trará mais problemas que soluções.

Primeiro, que nossa condição de servos não nos dá o direito de decidir, qual "monte" está fora do lugar e precisa ser removido; por isso O Salvador prefacia a promessa com um "Tende fé em Deus;" ou seja: Acreditem no que Ele disser, não decidam por si mesmos.

Ouso dizer que essa "remoção" a do ego, o "negue a si mesmo" é a montanha mais pesada e difícil.

A sociedade costuma classificar às pessoas por extratos; esses derivam sempre das condições materiais; assim, temos a elite, os ricos, a classe média, os pobres, os miseráveis, os indigentes...

Deus, para efeito de salvação não faz assim; "nivela" todos; derruba montes e aterra vales, para que todos tenham oportunidade igual de salvação; essa era, aliás a mensagem que deveria trazer a "Voz do que clama no deserto." "Todo o vale será exaltado, todo o monte e todo outeiro será abatido; o que é torcido se endireitará, o que é áspero se aplainará." Is 40;4

Foram os "montes" da sociedade de então, os líderes que condenaram O Salvador à morte, porque Seus ensinos, invés de incensá-los expunha sua hipocrisia. Em dado momento disse que prostitutas e publicanos (os "vales" daquela sociedade) entrariam adiante deles no reinos dos céus, pois, ouvindo a mensagem de salvação se arrependeram, enquanto eles, orgulhosos, não.

Vivemos uma ética utilitarista, imanente, que, mesmo falando de bens espirituais e eternos, normalmente buscamos coisas materiais e efêmeras como prioritárias.

Assim, os "montes" que desejaríamos remover seria eventual desemprego, falta de algum bem, de um cônjuge... sempre coisas atinentes à vida aqui e agora. Quiçá, estejamos ao pé do Everest.

Acabo de chegar de breve viagem, uns 150 quilômetros mais ou menos, entre Soledade e Bom Retiro do Sul, em cujo trajeto três tipos de relevo são observáveis; saí do planalto, como o nome diz, trata-se de um plano alto, passei por uma região serrana e enfim, a planície do vale do Taquari.

Uma coisa despertou minha atenção; quando na serra, alguns montes pareciam querer engolir a estrada, sobrepor-se a ela, e o horizonte estava a algumas centenas de metros; porém, à medida que ia me aproximando da planície, cada vez mais larga se fazia a visão; os mesmos olhos cansados que enxergavam à trezentos metros, agora, podiam ver a uns trinta quilômetros.

O que mudou para que a visão se ampliasse tanto? A ausência de montes.

Assim são os "olhos da fé"; enquanto não removermos a cordilheira dos nossos egoísmos, imediatismos, materialismo e indiferença, enxergaremos muito pouco; nossa visão será pífia.

Entretanto, tendo fé em Deus, priorizando o seu reino e a sua justiça, deixando alguma empatia ocupar o assento do egoísmo, finalmente começaremos a ver mais longe; poderemos, como Moisés, ficar firmes "como que vendo o invisível".

O andar em espírito, preceito recorrente nas Escrituras, ensejará comunhão com Deus; essa trará afinidade tal, que desejaremos remover aos mesmos "montes" que Ele. Aí sim, se verificará a eficácia da fé.

Em provérbios temos uma pequena amostra do "relevo" que incomoda ao Eterno; "Estas seis coisas o Senhor odeia, a sétima Sua Alma abomina: Olhos altivos, (orgulho) língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos." Pv 6;16 a 19

Usei relevo entre aspas por se tratar de óbvia figura de linguagem; nenhum imposição, contudo; pois, a mesma Palavra ensina que a "terraplanagem" necessária se faz nos nossos corações, para que, enfim, mediante a fé vejamos melhor; "Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados." Sl 84;5

Assim, a fé não remove, estritamente; mas, associa o crente àquele que remove. Pois é um "cuja força está em Ti..." (Nele)

O papel da fé é me capacitar para o desafio de andar conforme; na fraqueza do eu, que o Poder Divino opera; "A minha graça te basta, porque Meu Poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o Poder de Cristo." 2 Co 12.9

Nossa fraqueza, pois, não é um monte que o Eterno queira remover; usa-a como mirante, para que, sobre ela vejamos mais longe quão grandes montes Cristo remove por nós.
Tio Hugo - RS
Textos publicados: 328 [ver]
Site: http://ofarol21.blogspot.com.br

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