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Palavra do leitor

A pergunta que não cala!

"A morte não nos intimida, até por ser uma evento esperado da existência, mas sim se a vida teve sentido, teve destino e teve motivo de ser’’.

O celular ligou, em tal dia e hora, em tal mês e ano, a espera de uma resposta favorável, de um novo rumo de direção, embora a situação era das mais complicadas. Todos tínhamos ainda uma fagulha e que poderia vir a ser uma labareda de retorno, de uma reação do organismo e a superação das malignidades ou das deformidades. Nada disso aconteceu, embora houve, para uns e outros não, a oportunidade de se despedir, da captação daquela imagem, agora, sem nenhuma ação ou reação.

De certo, o trecho regido acima se encaixa, com toda a propriedade, longe de sensacionalismo, em situações de pessoas atingidas por perdas de entes queridos e mais intensa, dentro do evento marcado por um pandemia, a qual se prolonga há mais de um ano. Então, vira e mexe, surge a pegunta que não cala, ou seja, não poderia ter sido diferente, será haver um proposito e se há, alguém poderia explicar, pelo menos justificar o baque, algum alento poderá ser obtido, porque o vazio parece ser a única resposta, a cada dia. São perdas não contidas no script da nossa existência, são diagnósticos de doenças incuráveis, são acidentes fatais, são atos de extrema violência e, lá no fundo, muitos são tomados por profundas perguntas e questionamentos.

Talvez, esteja sendo punido ou colho os restultados de pecados ou o destino veio de forma tão implacável e traiçoeiro ou, lá no fundo, qual a finalidade de crer e acreditar em um Deus marcado por não poupar pessoas não perfeitas, mas normais, que procuravam serem boas, fazer o que é certo ou eram bons pais ou mães ou filhos?

A sobrecarga de aflição e dor, de inquietação e ira, de uma revolta transita por quem se encontra em tais momentos. Então, até que ponto frases como – ‘’Deus sabe de todas coisas ou tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus ou que somos nós para questionar os intentos divinos ou era a chegada a hora ou o tempo trará os motivos’’, sinceramente, quem passa pela experiência de perdas tão sentidas, essas abordagens são sem efeito e mais servem para aumentar a culpa por alguma coisa, por algum erro fatal, por uma alguma escolha aterradora, por um estado de como se Deus tivesse nos cobrado uma quota, nos golpeado impiedosamente.

Não para por aqui, ficam iradas consigo mesma, com Deus e com a vida, sem encontrar o meio de as declarar, de pôr para fora, de abrir o jogo. Infelizmente, muitas palavras ditas por pessoas próximas, não ajudam, não permitem a abertura para os aflitos e irados, semelhante aos amigos de Jó, valem-se de toda uma cartilha de razões para o ocorrido e somente afundam, ainda mais, o convalido. A pergunta que não cala não se dirige a desconsiderar se Deus existe ou não, a conceber a fé e a oração como distrações, mas sim qual a finalidade, qual o propósito, qual a razão de tudo isso e se há? Aproveito todo essa emaranhado de palavras, com a intenção de ir até vocês, sem assumir a posição de oferecer uma resposta para o por qual motivo o evento acontecido, muito menos trago ou disponho de uma procuração para defender Deus ou usar argumentos de que o mal se converte em bem, de que a perda se converte em renovo, de que a dor em benefício, não e não. Ouso fazer o caminho, não o caminho de que cada pessoa recebe um fardo e que pode suportá-lo, por ser mais forte do que outras, porque não posso me filiar a essa leitura cruel e inaceitável. Aliás, as perdas causadas pelas mais diversas situações, mostram e demonstram o quanto são reais, são perceptíveis, são concretos e não frases de efeito.

Além do mais, concluímos o quanto a vida é complexa, nem sempre é justa, é intricada e retornamos a pergunta que não cala: como posso ainda olhar para Deus? Deixo a pontuação de que quem vive a perda, que não devem ser censuradas por questionarem e se sentirem raiva. Atentem-se, evito os jargões de defender a Deus, por gerar um estado de que o acontecido se deu, em função disso, daquilo ou acolá e mais confunde e faz confusa a alma das pessoas, por demais abatidas. O Salmos 121.1-2, escrito pelo Salmista, afirma: ‘’Elevo os meus olhos para os montes, de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra’’. Anota-se, o Salmista não expõe: essa perda, foi porque o Senhor permitiu, para me ensinar, para me fazer melhor, para me trazer de volta, para me punir, não e não. A minha ajuda vem do Senhor, a ajuda para escancarar a raiva, a ajuda para não se envergonhar de perguntar, a ajuda para o fluir das lágrimas, tanto física quanto da alma, a ajuda para não se remoer, como se fosse merecedor ou merecedora de tal destino, a ajuda para não ficar atrás de justificativas, de explicações, de revelações, de profecias e se permitir compreender que não está sendo castigado.
São Paulo - SP
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