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Palavra do leitor

A amnésia de um lado: o que falar do Dia da Consciência Negra?

"Aos se falar da desumanização do negro, através das incursões do tráfico de escravos ora encabeçados pelos europeus e pelas esfarrapadas justificativas de uma superioridade da raça branca, cristã, ocidental, defensora da razão e da ciência, percebe-se uma espécie de amnésia de um lado e proposital, ou seja, a não alusão ao massacre efetuado pelos árabe-muçulmanos, a qual abriram os caminhos para tal flagelo em larga escala’’.

Gênesis 9:20-27

O dia da consciência negra se aproxima, com todas as mais variadas e diferenciadas manifestações sobre um período de ignomínia ocorrido, aqui, durante o período da escravização de pessoas advindas da áfrica e os desafios decorrentes com a abolição. É bem verdade, sem adentrar em meandros narrativos da vitimização, da cultura do ofendido, da ideia da perseguição e da busca por compensações históricas, como se houvesse uma dívida a ser saldada com os descendentes dos trazidos para cá, em sujos navios do tráfico transatlântico, abordo a obra do autor Senegales, economista e antropólogo, intitulado de o Genocídio Velado, escrito por Tidiane N’Diaye, aderido a fé islâmica.

Diga-se de passagem, aborda o quanto os árabe–muçulmanos exerceram um processo predatório e devastador ao submeter o negro a uma mercadoria, bem antes dos europeus. Cabe salientar, a questão não se direciona a poupar ninguém, por ser condição fundamental de reconhecer as atrocidades cometidas em face do ser humano, a qual se valiam de uma cosmovisão de idéias, de crenças e de valores distorcidos e equivocados. A proeza do trabalho talhado pelo autor, com seriedade e sinceridade, passa e perpassava que coube aos árabe–muçulmanos a difusão e o aprofundamento de uma leitura do negro como inferior, depreciativo, não merecedor de ser considerado um abençoado. Ora, a observação da obra escrita pelo pesquisador nos ajuda a encarar a verdade sem nenhum verniz de hipocrisia e falsidade, como se, tão somente, um lado, o dos adeptos da bíblia (seja católica ou protestante) tivessem se embrenhado em vituperáveis posturas conativas ou comportamentais tão aviltantes. Digo isso, porque os do alcorão precederam em muito, com intervenções colossalmente impiedosas e procuro ressaltar por não ser uma matéria foco dos debates, dos diálogos e das discussões de toda uma pletora de movimentos em prol de apologias da derrubada do racismo, do desprezo ao outro por sua melanina, de reprovações impelidas por uma completa dissensão ao senso e ao respeito. Não por menos, diante dos ecos do progressismo e de uma inclinação a espezinhar estritamente um ponto da realidade, ou seja, como se o malvado da história fosse o homem branco, cristão, aderido as ideias da liberdade de expressão, sem estabelecer passagens para uma elucubração mais honesta e decente do assunto. Negar seria uma temeridade, os desafios para o sobrepujar de atos e atitudes de hostilidade ao ser humano, por causa de sua raça, de sua pele, de sua pigmentação representa um desafio de todo o discípulo do Deus Ser Humano Jesus Cristo e, ir a direção diametralmente oposta, se porta como heresia, como apostasia e como anulação da Cruz da diversidade e das diferenças.

Agora, estamos num período configurado por uma ausência de honestidade e integridade no tocante a abordar os acontecimentos sem acobertar, sem atribuir tudo a um único lado. Vou adiante, o dia da consciência negra nos chama para uma ponderação franca sobre os efeitos causados pela perversidade do ser humano, como também sem condenar aqueles que não incorreram em tais aberrações, como se tivessem de carregar uma dívida interminável e, concomitantemente, não fechar os olhos para toda uma gama de desafios a serem enfrentados.
São Paulo - SP
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