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Palavra do leitor

"Alvo mais que a neve" e as declarações de Kleber Lucas

"Quando o cristão não se ocupa em caminhar com Jesus, o evangelho que professa apresenta muitas adaptações e nenhuma verdade’’.

A mais recente declaração apresentada pelo cantor gospel Kleber Lucas de haver, na expressão "alvo mais que a neve" um sentido racista, leva-nos as distorções dos discursos da justiça social ideológica progressista. Diga-se de passagem, com a ênfase de estabelecer, de um lado, os oprimidos, os perseguidos e sempre ofendidos (mulheres, pessoas não brancas, aderidos ao movimento LGBTQ, não cristãos) e, de outro lado, obviamente, quem não se adequa as pautas de tais grupos. Já faz algum tempo, deparamo-nos com todo um movimento moldado a um discurso de justiça, de igualdade, de dignidade, de respeito as diferenças, como se a Bíblia nada abordasse sobre o assunto, de forma prática e objetiva.

Indo aos textos de Isaías 10.1-2 e Lucas 10.37, encontramos referências sólidas de ser um compromisso de todo o cristão em se portar com justiça e compaixão pelo outro, ir a direção oposta a toda a forma de opressão, de exploração e deformação da vida humana. Ao parafrasear São Tomás de Aquino, quando expoe ser uma lei injusta, aquela que se encontrar radicada na lei eterna e na lei natural, ou seja, de que todos fomos criados a imagem e semelhança de Deus e ponto final. Ora, não nego os efeitos, os desfechos e os impactos desastrosos do evento da escravidão, a qual os negros vivenciaram, aqui, em nosso país, e se torna num chamado para trabalharmos em prol do soerguer da igualdade de oportunidades e condições.

O texto de Miquéias 6.8 não deixa nenhuma fagulha de dúvida, o quanto se estabelece numa postura de atuar em favor de uma justiça restauradora e reconciliadora, agora, observo a infiltração das ideias, das crenças e dos valores do marxismo cultural, com o enfoque de haver a concessão de poder e recursos as denominadas minorias e a atribuição de culpa, de condenação e de cancelamento aos eleitos causadores de todas as mazelas. Infelizmente, as declarações de Kleber Lucas não enfrentam os problemas, valem-se dos mesmos para dividir ainda mais as pessoas, levando os vitimados a um confronto com seus supostos carrascos.

Além do mais, concebem tudo ao seu redor, como foco de preconceito, de discriminação e de violência racial, seja de forma estampada ou subjacente ou sutilíssima. Por consequência, segundo os ferrenhos apologistas, como Kleber Lucas, redigem a teologia predominante como uma leitura do homem branco, assim como as liturgias, os cânticos, o formato das igrejas e por ai vai. Adentramos num período marcado pela síndrome do querelante casca de ovo, ou seja, pessoas tão frágeis e tão absurdamente frágeis, ofendidas por qualquer situação, mesmo que seja um elogio, um reconhecimento, um agradecimento, porque se vier do paradigmatizado ou exemplificado opressor, não passa de hipocrisia e leviandade. Destarte, percebe-se uma tresloucada busca frenética por identificar os opressores, os perseguidores e os insultadores, mesmo se estiverem dentro de nossa realidade comunitária.

Vou adiante, as consequências maléficas disso se configura pelo indivíduo deixar de existir, porque passa a prevalecer o pertencer ao grupo (se negro, negro; se branco, branco opressor, ofensor e insultador, sem possuir nenhuma condição de discernir as marcas do preconceito) e isto remove o exercício do perdão, da bondade, da compaixão, da misericórdia, da restauração, da reconciliação, da redenção pessoal, em Jesus Cristo. Não por menos, as experiências dos oprimidos são válidas e não a busca da verdade objetiva para a correção das distorções.

O mais dantesco, todo o legado deixado por teólogos, por pastores, por homens e mulheres europeus, brancos de nada servem. Sem sombra de dúvida, nossas comunidades não podem fechar os olhos para a contribuição das influências oriundas da áfrica e de outras etnias, porque isso nos levará a uma autêntica interação e participação de todos, mas sem o firmar de uma espécie de vingança de uns em face de outros, com a finalidade de culpar, de condenar e de cancelar uma raça por todos os eventos deploráveis que acometeram negros, índios e outras etnias, sem atentar para a questão das diferenças e das responsabilidades individuais de cada um.

Valho-me das afirmações de Martin Luther King Jr. que nos orienta a não julgarmos ninguém devido a cor de sua pele, mas devido ao seu caráter. Faço observar, negar sua raça não trará o antídoto para as questões a serem enfrentadas e, diametralmente oposto, a reconciliação e a restauração, como estruturas da justiça bíblica, da lei eterna e natural de sermos filhos e filhas do Deus Ser Humano Jesus Cristo, do Logos Preexistente, do Logos Criativo, do Impulso Criativo que pairava sobre as águas, são as fundamentações para encontro de todos e de suas individualidades.
São Paulo - SP
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