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Opinião

Stott: o retrato de um líder cristão

O jornal britânico The Times publicou no dia 14 de janeiro deste ano um artigo sobre John Stott, escrito por Douglas Birdsall, presidente executivo do Movimento Lausanne. Mais que uma descrição biográfica, o texto traz características genuínas sobre o exercício da liderança cristã. Vale a pena ler!
 
O Retrato de um Líder Cristão
 
Essa semana viajei de Boston, EUA, para Londres para participar do culto* em memória a John Stott. O apóstolo Paulo foi seu mentor por meio das páginas das Escrituras, por isso a escolha do local, a Catedral de São Paulo, como símbolo dessa aliança simbólica.
 
Stott compartilhava com o apóstolo, tanto um intelecto apurado como uma obsessiva paixão pelo evangelho de Cristo.
 
John Stott , que morreu em 27 de julho de 2011, foi uma figura cativante, urbana e perceptiva; ele serviu como capelão da rainha, escreveu cinquenta livros (traduzidos para 60 línguas), foi nomeado como Companheiro da Ordem do Império Britânico, e citado pela revista Time em 2005, como uma das 100 personalidades mais influentes do mundo. Recebeu doutorados honorários, e se tornou objeto de teses de doutorado. Além disso, era um expert em ornitologia. Apesar da mídia ter feito grande cobertura de sua morte, raramente foi destaque nos noticiários.
 
Stott serviu como Reitor da Congregação de All Souls, Langham Place desde a idade de 29 anos.
 
Foi incansável na leitura, no estudo e também escrevendo e desafiando a igreja a uma fé holística. Em 1970 ele entregou a liderança da igreja para Michael Baughen, porque estava se tornando um talentoso evangelista universitário amplamente conhecido no mundo.
 
Este estudante da escola Rugby, filho de um consultor da Harley Street, viveu com simplicidade. Em 1970 Stott se mudou para um pequeno flat de 2 cômodos. Poderia ter vivido confortavelmente apenas com seus direitos autorais – seus livros foram vendidos aos milhões – mas usou seu dinheiro para investir no que se tornou a Sociedade Internacional Langham, que criou para fortalecer a Igreja nos países em desenvolvimento.
 
Em 1981, com 60 anos, Stott abriu mão de uma biografia que lhe daria um lugar na Câmara dos Lords. Não era momento de se aposentar. Naquele ano fundou o Instituto Londres para o Cristianismo Contemporâneo, para trazer com veemência a presença de Cristo em todas as esferas da sociedade.
 
Como explicar um homem pacato, humilde e urbano ser globalmente cotado como o mais nobre cristão do século 20? Eu ofereço duas sugestões.
 
Primeiro, John construiu amizades genuínas. O sentido de amizade era tangível ontem quando seus velhos amigos se reuniram para agradecer a Deus por sua vida. Ele trabalhou e formou redes através das amizades, o que, aliás um colaborador disse em uma página de seu obituário, a amizade estava “fixada em seu caráter”.
 
Segundo, ele acreditava que líderes eficazes nunca estavam satisfeitos com o que eram e lutavam sempre em busca do que poderiam ser.
 
O cantor Paul Simon falou em uma entrevista, semana passada, apresentada no programa Religion and Ethics, sobre uma longa conversa que teve com John Stott, evidentemente apreciada por ambos. Seja conversando com a família real, doutores, cantores ou com os pobres nas grandes cidades do mundo, Stott dava a eles sua completa atenção.
 
Sua autoridade era conquistada por uma autenticidade pura. Eidi Cruz cresceu conhecendo o “Tio John”, pois seus pais estavam entre seus amigos mais próximos. Ela escreveu em um poema: “Ele me ensinou sobre humildade / que escuta os outros/ com a devoção que escutamos a um rouxinol”.
 
De que esse “homem multi-talento” (como o teólogo J. I. Packer o chamava) se orgulhava mais? De seus escritos? De seus amigos famosos? De seu título do Império Britânico (CBE)? Não. Ele amava contar a história de como, na escola Rygby, ele ouviu e viu do evangelista Eric Nash, um quadro de Holman Hunt, a bela representação da figura de Cristo no Apocalipse, de pé à porta.
 
Então, naquela tarde de fevereiro, com 17 anos, Stott sentiu o forte desejo e necessidade de convidar a Cristo para fazer morada em sua vida, e crer na sua morte na cruz, em seu lugar para o perdão dos pecados. Como o apóstolo Paulo dizia, isso era seu único motivo de orgulho.
 
O bispo Timothy Dudley-Smith, seu biógrafo e amigo dos tempos da escola, pregou no culto de ontem direcionando nosso olhar para o Jesus ressurreto e glorificado. Ele colocou a questão frequentemente usada por John para concluir um sermão. É uma pergunta universal, simples e profunda; a intersecção do temporal com o eterno.
 
Posso imaginar John pregando para uma plateia de estudantes na Europa, nas Américas, África, Ásia, Oceania; a Bíblia no púlpito, mão esquerda no bolso; com autoridade envolvente. A argumentação sobre a historicidade do evangelho exposta claramente; uma apologia persuasiva dos mandamentos de Cristo colocada às claras.
 
Mas apenas concordar mentalmente não é suficiente. “Como vai a relação entre você e Jesus Cristo?”, seria sua pergunta. A forma de expressar pode parecer um pouco arcaica, mas a força da questão continua tão urgente quanto atual.
_________
Rev. Dr. S. Douglas Birdsall é o presidente-executivo do Movimento Lausanne para Evangelização Mundial (cujo presidente honorário era John Stott)

 
Nota
Artigo publicado originalmente no jornal londrino The Times e reproduzido no site do Movimento Lausanne
* O culto de ação de graças em memória a John Stott aconteceu no dia 13 de janeiro de 2012.

 
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