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Por Geraldo Luiz Silva Uma das memórias mais antigas da minha infância é de uma vizinha, Luzia, irmã de Áurea, amiga da minha mãe. Ela já era moça, mas vivia na cama, retorcida, sem conseguir falar, vítima de uma enfermidade que não lhe deixara se desenvolver. Ninguém nunca havia falado sobre isso, mas eu sonhava em crescer e virar santo, para impor as mãos sobre ela e curá-la. Meu batismo tinha ocorrido em Curvelo, interior de Minas, na Catedral de São Geraldo Magela, em cumprimento de uma promessa feita por minha mãe. Ganhei o primeiro nome do santo e, assim, cresci no imaginário da beleza e [...]

Opinião do leitor