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O mau agouro do embaixador americano

Deve ter causado um mal-estar tremendo na Grã-Bretanha as palavras do embaixador americano em Londres Walter Page, em 1916, no meio da Primeira Grande Guerra, quando ele colocou em dúvida a permanência do poderio britânico:

Uma nação, assim como uma pessoa, envelhece. Só nos apercebemos do fato quando já está evidente. Aparece tão furtivamente. De repente acordamos para a realidade de que nossos membros não funcionam como antes, nossa memória vagueia, nossa audição está difícil e a visão, um pouco turva. É o que aconteceu à Inglaterra... Muito antes do fim do século, ela... será o passado. (História do Século XX, p. 959.)

O século anterior fora o século de glória da Inglaterra. Seis milhões de visitantes de todo o mundo foram ver as maravilhas do livre-comércio e da iniciativa britânica na chamada Grande Exposição, de maio a outubro de 1851, montada em Londres. Só a rainha Vitória, então com a idade de 32 anos, visitou-a trinta vezes e registrou em seu diário: “Somos capazes de fazer qualquer coisa”.

Além de fabricar “qualquer coisa”, o império não tinha rivais e se espalhava por todos os continentes. Sua marinha era a maior do mundo. Graças aos seus territórios na América (Canadá, Honduras e Guiana), na África (Egito, Sudão, Costa do Ouro, Gâmbia, Serra Leoa, Nigéria, Rodésia, Cabo etc.), na Ásia (Índia, Ceilão, Burma) e na Oceania (Austrália e Nova Zelândia), o Império Britânico possuía na época da guerra uma superfície superior a 29,5 milhões de quilômetros quadrados (quase três vezes e meia o tamanho do Brasil) e mais de 480 milhões de súditos (quase dez vezes mais que a população das Ilhas Britânicas de então).

Muito antes do fim do século 20, como profetizou o embaixador Walter Page, a Grã-Bretanha já não era o poderoso império do início do século. Todos os seus territórios ao redor do mundo tornaram-se independentes. O Reino Unido da Grã-Bretanha hoje tem apenas quatro países: Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales, com uma área de 244 mil quilômetros quadrados (contra 29,5 milhões de outrora).

A história antiga, a história medieval, a história moderna e a história contemporânea confirmam que as nações são como a espécie humana: nascem, crescem, fortalecem-se, multiplicam-se e, quando menos esperam, entram naquele processo irreversível de decrepitude, tal como o que é descrito no último capítulo de Eclesiastes. Que o digam os impérios babilônico, medo-persa, grego, romano, bizantino, mongol, português, espanhol, francês, holandês, belga, alemão, japonês e soviético.

Agora é a vez de um embaixador britânico em Washington repetir as mesmas palavras do embaixador americano em Londres: “Uma nação, assim como uma pessoa, envelhece”. Não em tom de vingança, mas em tom de advertência.

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