Seções — Carta ao leitor
- Março-Abril 2001
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O aperto atual e a vastidão futura
“Deixo um adeus afetuoso a todos os meus amigos. Desejo que eles possam ver, ainda, a aurora que virá depois dessa longa noite. Eu, impaciente demais, vou antes disso.”
Este bilhete de despedida foi encontrado junto aos corpos de um casal abraçado na cama de uma casa em Petrópolis, RJ, exatamente há 59 anos (22 de fevereiro de 1942). Ela se chamava Elizabeth Charlotte e ele, Stevan Zweig, o escritor austríaco e judeu, que se refugiou no Brasil em 1940, para escapar da perseguição nazista. Zweig é famoso por suas biografias (Maria Antonieta e Erasmo de Rotterdam) e romances (Amok, A Confusão dos Sentimentos e Coração Inquieto), bem como por sua autobiografia (O Mundo que Eu Vi) e o livro Brasil, País do Futuro. O escritor era da idade de 61 anos quando se matou.
Stevan Zweig tinha alguma esperança, mas não teve paciência suficiente para aguardar o fim da longa noite e o despertar da aurora que viria a seguir.
Para sobreviver ao sofrimento, precisamos de esperança e, como a esperança às vezes demora muito para se concretizar, precisamos também de paciência. Esperança e paciência se confundem. Formam um bloco só.
Por mais demorada que seja, os cristãos têm uma esperança.
“A realidade última”, diz Stanley Jones, o mais notável missionário do século 20, “não é o pecado, mas a bondade; não é a doença, mas a saúde; não é o sofrimento, mas a alegria; não é a morte, mas a vida”.
Estamos caminhando para a realidade última. Ela pode chegar a qualquer hora. De vez em quando, como lembra o escritor irlandês C. S. Lewis, “nosso Pai nos refresca a jornada fornecendo algumas estalagens agradáveis, mas não nos encoraja a aceitá-las como se fossem nosso lar”. É como explica o teólogo alemão Erhard Gerstenberger: “o aperto atual só é suportável em face da vastidão futura”.
A matéria de capa desta edição de Ultimato é sobre depressão e sofrimento. Tratamos o assunto com a maior honestidade possível.
Frente ao sofrimento, o sofredor oferece reações diferentes. O já citado Stanley Jones afirma que “o estóico suporta, o epicureu procura gozar, o budista e o hindu retiram-se, o maometano submete-se, mas somente o cristão exulta”.
Nós exultamos por causa da esperança cristã de novos céus e nova terra, por causa daquela promessa que diz: Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente alguma concebeu o que Deus preparou para aqueles que o amam (1 Co 2.9, NVI).
Este bilhete de despedida foi encontrado junto aos corpos de um casal abraçado na cama de uma casa em Petrópolis, RJ, exatamente há 59 anos (22 de fevereiro de 1942). Ela se chamava Elizabeth Charlotte e ele, Stevan Zweig, o escritor austríaco e judeu, que se refugiou no Brasil em 1940, para escapar da perseguição nazista. Zweig é famoso por suas biografias (Maria Antonieta e Erasmo de Rotterdam) e romances (Amok, A Confusão dos Sentimentos e Coração Inquieto), bem como por sua autobiografia (O Mundo que Eu Vi) e o livro Brasil, País do Futuro. O escritor era da idade de 61 anos quando se matou.
Stevan Zweig tinha alguma esperança, mas não teve paciência suficiente para aguardar o fim da longa noite e o despertar da aurora que viria a seguir.
Para sobreviver ao sofrimento, precisamos de esperança e, como a esperança às vezes demora muito para se concretizar, precisamos também de paciência. Esperança e paciência se confundem. Formam um bloco só.
Por mais demorada que seja, os cristãos têm uma esperança.
“A realidade última”, diz Stanley Jones, o mais notável missionário do século 20, “não é o pecado, mas a bondade; não é a doença, mas a saúde; não é o sofrimento, mas a alegria; não é a morte, mas a vida”.
Estamos caminhando para a realidade última. Ela pode chegar a qualquer hora. De vez em quando, como lembra o escritor irlandês C. S. Lewis, “nosso Pai nos refresca a jornada fornecendo algumas estalagens agradáveis, mas não nos encoraja a aceitá-las como se fossem nosso lar”. É como explica o teólogo alemão Erhard Gerstenberger: “o aperto atual só é suportável em face da vastidão futura”.
A matéria de capa desta edição de Ultimato é sobre depressão e sofrimento. Tratamos o assunto com a maior honestidade possível.
Frente ao sofrimento, o sofredor oferece reações diferentes. O já citado Stanley Jones afirma que “o estóico suporta, o epicureu procura gozar, o budista e o hindu retiram-se, o maometano submete-se, mas somente o cristão exulta”.
Nós exultamos por causa da esperança cristã de novos céus e nova terra, por causa daquela promessa que diz: Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente alguma concebeu o que Deus preparou para aqueles que o amam (1 Co 2.9, NVI).
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