Mãos Dadas reúne organizações parceiras em favor da infância

(ALC) Desenvolver uma teologia na perspectiva da criança e metodologias que garantam os direitos dessa faixa etária e que promovam a participação infantil no culto e na vida comunitária foram os temas tratados no Encontro Anual de Parceiros da Revista Mãos Dadas, realizado em Campinas, nos dias 3 e 4 de abril.

O evento é preparatório ao 12º Mutirão Mundial de Oração por Crianças e Adolescentes em Situação de Risco, que acontece em junho. Na última edição participaram cerca de 60 mil pessoas de todo o Brasil. A iniciativa do mutirão é da Viva Network, organização que mobiliza uma rede mundial de ministérios cristãos a serviço da criança e do adolescente.

As estatísticas assustam. Na América Latina, 4 milhões de crianças sofrem de desnutrição e 6 milhões de meninos e meninas são vítimas de violência. Estima-se que 100 milhões de crianças vivem e trabalham nas ruas, de acordo com documento da Rede Viva baseado em dados do Unicef.

A proposta da revista é formar e informar os agentes sociais que lutam pela dignidade das crianças brasileiras. Mãos Dadas tem uma tiragem média de 35 mil exemplares. Ela nasceu há seis anos e é mantida por uma aliança de várias organizações. “Em geral, a vida de uma publicação regular não chega aos cinco anos”, comentou Klênia Fassoni, da Editora Ultimato, que integra o conselho editorial. Uma das estratégias da revista é chegar aos conselhos tutelares de todo o país para que conheçam ferramentas e recursos de desenvolvimento.

O grupo Mãos Dadas volta os olhares para o futuro e entende que tem um compromisso enorme numa época marcada pelo vazio. “Precisamos continuar no trabalho do Senhor”, disse o pastor da Igreja Holiness, Key Yuasa, reportando-se ao ministério de Cristo, que valorizou as crianças.

A urgência do tema está intimamente relacionada com o papel da mulher na sociedade. De acordo com o relatório Situação Mundial da Infância, publicado em 2007 pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, se a mulher participa na tomada de decisões, as crianças têm maiores chances de freqüentar a escola e de não sofrer abuso sexual. 

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