Apoie com um cafezinho
Olá visitante!
Cadastre-se

Esqueci minha senha

  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.
Seja bem-vindo Visitante!
  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.

Notícias

A igreja evangélica do futuro será menos triunfalista

Diálogos de Esperança realiza live sobre os fatores do crescimento evangélico, mirando passado, presente e futuro

Por Lissânder Dias

Os novos dados do Censo do IBGE divulgados em junho apontaram uma possível estabilização no crescimento dos evangélicos no Brasil. Para o sociólogo Paul Freston, isso tende a significar “um protestantismo grande, mas numericamente estabilizado e muito fragmentado”. Para ele, essa estabilização numérica vai mudar tudo no comportamento público dos evangélicos. “Haverá uma porcentagem cada vez maior de membros natos (ou de convertidos mais antigos) e, com isso, teremos mais demandas de ensinamento e interesse por outros tipos de líderes eclesiásticos. Teremos menos triunfalismo e maiores expectativas no campo da atuação social”.

Paul enfatiza que isso não é ‘profecia’, mas sim um prognóstico com base nos dados e no comportamento. “O futuro nunca é um prolongamento do passado”, ressaltou, no entanto.

Ele participou no último dia 08 de julho da live “Os novos cenários da Igreja Evangélica Brasileira: o que o IBGE revelou?”, do Diálogos de Esperança, junto com a economista e especialista em políticas públicas, Deborah Bizarria.

“Eu não sei o que vai acontecer com a Igreja Evangélica no Brasil, mas posso dizer o que eu gostaria que acontecesse”, expressa Deborah. “Que nós, evangélicos, discutíssemos sobre políticas públicas, e não só sobre política partidária”.

Os evangélicos são mais rápidos em acompanhar a mobilidade demográfica
Os números do Censo 2022 mostram que um em cada quatro habitantes do Brasil são evangélicos. É uma consolidação de crescimento deste grupo, o que se intensificou nas últimas quatro décadas, porém, desde 2010, em ritmo menor (+ 6% em 2000, + 6.3% em 2010 e +5,2% em 2022). Segundo Freston, o maior crescimento evangélico no Brasil aconteceu, proporcionalmente, nos anos 90, e isso transformou o cenário. “De lá para cá, estamos vivendo o resultado disso. Não existe mais aquele mistério. A presença evangélica já é conhecida. As pessoas já têm alguma ideia formada a respeito. Está no horizonte de todo mundo de uma forma que não estava nos anos 70 – para o bem ou para o mal”.



Quanto ao crescimento evangélico nas áreas urbanas, Deborah acredita que o aumento da população em cidades de porte médio e em periferias tem muito a ver com o perfil do evangelicalismo, que é muito urbano e periférico. Deborah também acha que o fato de termos um sistema tributário que não onera a abertura de templos facilita a criação de igrejas evangélicas e a capilaridade em espaços que, outrora, estavam desassistidos pela Igreja Católica. “Historicamente, a Igreja Católica atendia mais os centros das cidades, e menos as periferias”, segundo ela.

Paul concorda com Deborah sobre a importância da mobilidade demográfica. Ele explica que há três regiões onde as igrejas evangélicas têm uma presença desproporcionalmente grande, e onde a Igreja Católica tem muita dificuldade de estar: 1) as periferias das grandes cidades; 2) as fronteiras agrícolas (por exemplo, regiões Norte e Centro-Oeste); 3) a diáspora brasileira no exterior (isso, claro, não aparece no Censo). Segundo Freston, isso acontece também por causa da agilidade dos evangélicos de seguir os movimentos populacionais, abrindo rapidamente uma igreja – em contraste com a lentidão católica. “Essa lentidão católica se dá por dois fatores: o clericalismo (a formação longa do sacerdote) e o territorialismo (o fato de ser organizada em territórios: paróquias e dioceses). Em momentos de grande mobilidade, esses fatores desfavorecem o acompanhamento das mudanças”, conclui ele.

Como assistir a esta live na íntegra?
- No canal da Ultimato no Youtube.
- No canal da Ultimato Spotify.

Próxima live
A próxima live do Diálogos de Esperança está marcada para o dia 23 de julho (quarta-feira), às 19h, no canal da Ultimato no Youtube, com o tema “O crescimento evangélico: oportunidade e responsabilidade”.

O que é Diálogos de Esperança

São lives mensais ancoradas por Claudia Moreira e Valdir Steuernagel.
Iniciado em 2020, no período da pandemia, o projeto tem como objetivo promover, entre os cristãos, diálogos profundos, desafiadores e construtivos sobre temas atuais - sempre apontando para a Esperança.

Parceiros: Aliança Evangélica, Editora Ultimato, Tearfund, Vida&CaminhoVisão Mundial.


REVISTA ULTIMATO – ADOLESCÊNCIA – ONLINE E OFFLINE
Muito já se falou da adolescência como uma fase crítica da vida, em que as dificuldades próprias da idade inspiram cuidados especiais – o que é ainda mais importante hoje.

Os adolescentes desta geração são o grupo mais impactado pelo ritmo acelerado das mudanças. A matéria dessa edição oferece subsídio para melhor conhecer e atuar com esse grupo. Nos depoimentos dos 12 adolescentes que participam eles pedem: “Acreditem em nós!”.

É disso que trata a
edição 414 de Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» Cristianismo Antigo para Tempos Novos – Amor à Bíblia, Vida Intelectual e Fé Pública, Paul Freston
» O Que Cristo Pensa da Igreja? – A mensagem das sete cartas de Apocalipse, John Stott
» Presente e futuro da igreja evangélica no Brasil - parte 1, Paul Freston
Lissânder Dias do Amaral é jornalista, blogueiro, poeta e editor de livros. Integra o Conselho Nacional da Interserve Brasil e o Conselho da Unimissional. É autor de “O Cotidiano Extraordinário – a vida em pequenas crônicas” e responsável pelo blog Fatos e Correlatos do Portal Ultimato. É um dos fundadores do Movimento Vocare e ajudou a criar as organizações cristãs de cooperação Rede Mãos Dadas e Rede Evangélica Nacional de Ação Social (RENAS).

Leia mais em Notícias

Opinião do leitor

Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta

Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.