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29 de julho de 2025- Visualizações: 4940
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O “país água” no “planeta água”
Live do grupo Ethica, Sola Gratia conversa sobre água potável e saneamento para todos em live no dia 11 de agosto
Por Oséas Heckert
Estamos no “planeta água”. A canção de Guilherme Arantes rebatizou o “planeta azul”, como antes fora denominado por Gagarin quando fez o primeiro voo orbital tripulado, em 1961. Vista do espaço, a Terra tem coloração azul, pois a água ocupa 71% da sua superfície.97,5% dessa água está nos mares e oceanos, sendo, portanto, inapropriada para o consumo humano ou para irrigar plantações. Da água doce, que corresponde aos 2,5% restantes, a maior parte (98,8%) está em calotas polares e geleiras (68,7%) ou em águas subterrâneas (30,1%). Ou seja, apenas 1,2% da água doce global está acessível em rios, lagos e outros corpos d'água superficiais.
O Brasil é o “país água”, pois detém 13,7% de toda a água doce, e o correspondente a 20% das águas subterrâneas do planeta, nos Aquíferos Guarani (região Centro-Sul) e Alter do Chão (região Norte). Entretanto, o acesso é muito desigual no país. Cerca de 15% da população ainda não tem acesso à água potável. A região amazônica, que abriga 80% dessas reservas, apresenta o menor percentual (57%) da população com acesso a água tratada. E, dentre os domicílios brasileiros com acesso à rede de distribuição, 1 em cada 10 fica sem água ao menos uma vez por semana.
O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 6 (ODS 6) – “Água potável e saneamento” visa garantir acesso a água potável e segura para todos, bem como proteger e restaurar ecossistemas relacionados com a água (montanhas, florestas, zonas úmidas, rios, aquíferos, lagos, etc.).Mas há muito o que fazer quanto ao saneamento básico, que é o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água potável, coleta e tratamento de esgoto, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas.

Há 2 mil anos, a população mundial correspondia a 3% da atual. A partir de 1950, o consumo mundial de água triplicou, enquanto a quantidade de água permanece a mesma e a qualidade da água piorou, pois, os rios e córregos estão contaminados com matéria em decomposição, lixo doméstico e produtos químicos tóxicos.
No Brasil, apenas 53% da população tem acesso à coleta de esgoto, e apenas 46% do esgoto coletado é tratado. Cerca de 90% do esgoto doméstico e cerca de 70% dos efluentes industriais são lançados, sem tratamento, em corpos hídricos.
Como recurso vital para a vida, a água deve estar disponível a todos os habitantes de forma equitativa. Em consequência de poluição, desperdício e má distribuição de água, globalmente, 2 bilhões de pessoas consomem água de fontes não seguras. E a população mais pobre é a mais afetada. Doenças transmitidas pela água causam, em média, 5 mil vítimas por dia, principalmente crianças.
O que a Bíblia tem a dizer sobre tudo isso?
Na Bíblia há mais de trezentas citações sobre água, como símbolo de destruição (Gn 6-9), purificação (Êx 29.4; 30.19; Ez 36.25), bênção (Jr 17.8), necessidade espiritual (Sl 42) e cura (Lv 14.8). No Novo Testamento, a água tem um caráter simbólico espiritual (Mt 3.11-16). Em João 4, Jesus promete à mulher samaritana a água que pode transformá-la em uma fonte que jorra para a vida eterna. A água é vista como um sinal da presença de Deus que transforma a existência humana.
No Apocalipse, João registra a visão de “um novo céu e uma nova terra” (Ap 21), onde flui um “rio de água viva”, em cujas margens há árvores frutíferas, cujas folhas servem para curar as nações (Ap 22). João encerra sua mensagem com um convite: "“Quem tem sede, venha; e quem quiser, beba de graça da água da vida” (Ap 22.17).
Para saber mais sobre o que Deus espera de você quanto a esse tema, participe da próxima live promovida pelo grupo “Ethica, Sola Gratia” no dia 11 de agosto de 2025, às 20h no canal https://www.youtube.com/@juliocesarcanal81.
Convidados
Cida Almeida (Maria Aparecida de Andrade Almeida), teóloga, mestre e doutora em ciências da religião (UMESP), pós-doutorado em história e arqueologia (Unicamp).
Iracema Schoenlein Crusius, mestre e doutora em ciências biológicas (UNESP), pesquisadora científica no Instituto de Botânica e Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA- Jardim Botânico SP).
João José Demarchi, engenheiro agronômico e mestre em ciência animal (ESALQ/USP). Doutor em ciências biológicas (UNESP). Pesquisador científico (Instituto de Zootecnia-APTA). Coordenador da política de mananciais dos comitês de bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
Imagem: Unsplash.
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Muito já se falou da adolescência como uma fase crítica da vida, em que as dificuldades próprias da idade inspiram cuidados especiais.
Os adolescentes desta geração são o grupo mais impactado pelo ritmo acelerado das mudanças. A matéria dessa edição oferece subsídio para melhor conhecer e atuar com esse grupo. Nos depoimentos dos 12 adolescentes que participam eles pedem: “Acreditem em nós!”. É disso que trata a edição 414 de Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» Quando a Igreja Abraça a Cidade, Leandro Silva (org.)
» Assim na Terra como no Céu - Experiências socioambientais na igreja local, Gínia Bontempo (org.)
» Questões socioambientais que o Brasil precisa enfrentar, por Jorge Martinez
» Energia limpa e acessível para todos?, por Oseas Heckert
Por Oséas Heckert
Estamos no “planeta água”. A canção de Guilherme Arantes rebatizou o “planeta azul”, como antes fora denominado por Gagarin quando fez o primeiro voo orbital tripulado, em 1961. Vista do espaço, a Terra tem coloração azul, pois a água ocupa 71% da sua superfície.97,5% dessa água está nos mares e oceanos, sendo, portanto, inapropriada para o consumo humano ou para irrigar plantações. Da água doce, que corresponde aos 2,5% restantes, a maior parte (98,8%) está em calotas polares e geleiras (68,7%) ou em águas subterrâneas (30,1%). Ou seja, apenas 1,2% da água doce global está acessível em rios, lagos e outros corpos d'água superficiais.O Brasil é o “país água”, pois detém 13,7% de toda a água doce, e o correspondente a 20% das águas subterrâneas do planeta, nos Aquíferos Guarani (região Centro-Sul) e Alter do Chão (região Norte). Entretanto, o acesso é muito desigual no país. Cerca de 15% da população ainda não tem acesso à água potável. A região amazônica, que abriga 80% dessas reservas, apresenta o menor percentual (57%) da população com acesso a água tratada. E, dentre os domicílios brasileiros com acesso à rede de distribuição, 1 em cada 10 fica sem água ao menos uma vez por semana.
O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 6 (ODS 6) – “Água potável e saneamento” visa garantir acesso a água potável e segura para todos, bem como proteger e restaurar ecossistemas relacionados com a água (montanhas, florestas, zonas úmidas, rios, aquíferos, lagos, etc.).Mas há muito o que fazer quanto ao saneamento básico, que é o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água potável, coleta e tratamento de esgoto, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas.

Há 2 mil anos, a população mundial correspondia a 3% da atual. A partir de 1950, o consumo mundial de água triplicou, enquanto a quantidade de água permanece a mesma e a qualidade da água piorou, pois, os rios e córregos estão contaminados com matéria em decomposição, lixo doméstico e produtos químicos tóxicos.
No Brasil, apenas 53% da população tem acesso à coleta de esgoto, e apenas 46% do esgoto coletado é tratado. Cerca de 90% do esgoto doméstico e cerca de 70% dos efluentes industriais são lançados, sem tratamento, em corpos hídricos.
Como recurso vital para a vida, a água deve estar disponível a todos os habitantes de forma equitativa. Em consequência de poluição, desperdício e má distribuição de água, globalmente, 2 bilhões de pessoas consomem água de fontes não seguras. E a população mais pobre é a mais afetada. Doenças transmitidas pela água causam, em média, 5 mil vítimas por dia, principalmente crianças.
O que a Bíblia tem a dizer sobre tudo isso?
Na Bíblia há mais de trezentas citações sobre água, como símbolo de destruição (Gn 6-9), purificação (Êx 29.4; 30.19; Ez 36.25), bênção (Jr 17.8), necessidade espiritual (Sl 42) e cura (Lv 14.8). No Novo Testamento, a água tem um caráter simbólico espiritual (Mt 3.11-16). Em João 4, Jesus promete à mulher samaritana a água que pode transformá-la em uma fonte que jorra para a vida eterna. A água é vista como um sinal da presença de Deus que transforma a existência humana.
No Apocalipse, João registra a visão de “um novo céu e uma nova terra” (Ap 21), onde flui um “rio de água viva”, em cujas margens há árvores frutíferas, cujas folhas servem para curar as nações (Ap 22). João encerra sua mensagem com um convite: "“Quem tem sede, venha; e quem quiser, beba de graça da água da vida” (Ap 22.17).
Para saber mais sobre o que Deus espera de você quanto a esse tema, participe da próxima live promovida pelo grupo “Ethica, Sola Gratia” no dia 11 de agosto de 2025, às 20h no canal https://www.youtube.com/@juliocesarcanal81.
Convidados
Cida Almeida (Maria Aparecida de Andrade Almeida), teóloga, mestre e doutora em ciências da religião (UMESP), pós-doutorado em história e arqueologia (Unicamp).
Iracema Schoenlein Crusius, mestre e doutora em ciências biológicas (UNESP), pesquisadora científica no Instituto de Botânica e Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA- Jardim Botânico SP).
João José Demarchi, engenheiro agronômico e mestre em ciência animal (ESALQ/USP). Doutor em ciências biológicas (UNESP). Pesquisador científico (Instituto de Zootecnia-APTA). Coordenador da política de mananciais dos comitês de bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
Imagem: Unsplash.
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