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Opinião

A Declaração de Seul

Amar como Deus nos amou, deixar de lado a ambição egoísta, desenvolver parcerias pelo evangelho e crescer diariamente em dependência do seu Espírito

Por Ultimatoonline

Cada edição do Congresso Lausanne se preocupou em elaborar um documento que afirmasse, com clareza e simplicidade, o compromisso dos cristãos com a missão de Deus, a urgência da evangelização mundial e o custo do discipulado. Assim, desde o primeiro Congresso, realizado em 1974, a igreja tem à disposição o Pacto de Lausanne, o Manifesto de Manila (1989), o Compromisso da Cidade do Cabo (2010) e agora a Declaração de Seul (2024).

A Declaração de Seul ratifica os documentos dos Congressos anteriores, renova o compromisso dos cristãos com 1) a centralidade do evangelho, 2) a leitura fiel das Escrituras e 3) a importância do povo de Deus que deve ser amado e edificado, 4) o valor do ser humano como imagem e semelhança de Deus, 5) o discipulado como um chamado à santidade e à missão, além de 6) enfatizar a responsabilidade da igreja em enfrentar os desafios contemporâneos, como, por exemplo, os povos em regiões de conflito, as revoluções tecnológicas e a crise de identidade sexual.

A escrita da Declaração de Seul foi coordenada por Ivor Poobalan, do Sri Lanka, e Victor Nakah, do Zimbábue, que, junto com homens e mulheres de várias regiões do mundo, escutaram líderes cristãos sobre lacunas, oportunidades, inovações e ações colaborativas para cumprir a Grande Comissão. Paralelamente, sob a liderança de Matthew Niermann, Lausanne também produziu o Relatório Status da Grande Comissão com dados globais sobre o cristianismo, as ações missionárias e os desafios a serem alcançados.

Alguns participantes de Lausanne 4 expressaram insatisfação quanto à forma como a Declaração de Seul foi elaborada – antes do evento e sem a colaboração dos congressistas – e compartilhada, sugerindo que consultas antecipadas e maior tempo durante o congresso poderiam ter sido dedicados a isso.

A conclusão do documento expressa uma chamada e aspiração: “Retornamos ao lugar onde servimos com o compromisso renovado de amar como ele nos amou, de deixar de lado a ambição egoísta, de desenvolver parcerias pelo evangelho e de crescer diariamente em dependência do seu Espírito. Para que possamos declarar a uma só voz os grandes feitos daquele que é a única esperança e luz do mundo. Para que possamos revelar, num só coração, a santidade e o amor daquele que se entregou pelos pecadores. Para que possamos anunciar e demonstrar Cristo juntos!”.

PREÂMBULO À DECLARAÇÃO DE SEUL

O Quarto Congresso de Lausanne, realizado em Incheon, Coreia do Sul, marca o 50º aniversário do nascimento de um notório movimento comprometido com a missão global. O Primeiro Congresso de Lausanne, em 1974, reuniu 2.700 líderes da igreja vindos de mais de 150 países, que afirmaram sua convicção partilhada de que toda a igreja deve levar todo o evangelho para o mundo todo.

Após o primeiro congresso, a igreja global fez mais para acelerar a evangelização mundial de forma colaborativa do que em qualquer outro período da história, o que resultou em um crescimento sem precedentes da igreja, visto que milhões de pessoas em regiões antes não alcançadas abraçaram o evangelho e experimentaram seu poder transformador.

Nós nos alegramos com o que Deus fez por meio do compromisso da igreja com a elevada prioridade apostólica de proclamar as boas novas de Jesus Cristo a fim de levar a salvação aos que estão perdidos no pecado. Mesmo assim, a tarefa da evangelização continua urgente, pois bilhões permanecem fora do alcance da mensagem do amor e da graça de Deus em Cristo. Além disso, em face desse crescimento expansivo, a igreja, em muitas partes do mundo, tem lutado para promover com eficácia a fé e o discipulado de milhões de cristãos de primeira geração.

O Senhor Jesus, ao comissionar os apóstolos em Mateus 28.18-20, deixou claro que o mandato dado à igreja – de “fazer discípulos de todas as nações” – envolvia duas prioridades igualmente importantes: a tarefa evangelística de “batizá-los em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” e a tarefa pastoral de “ensiná-los a obedecer a tudo o que [Cristo] lhes havia ordenado”.



Ambas as prioridades são evidentes na estratégia missionária do apóstolo Paulo no livro de Atos e em suas muitas epístolas. Sua paixão era tanto alcançar os perdidos com a mensagem da salvação quanto fortalecer a fé dos crentes para que vivessem de forma digna do evangelho e pudessem combater os falsos ensinamentos que ameaçavam enfraquecer a verdade do evangelho. Como ele resume: “Nós o proclamamos, advertindo e ensinando a cada um com toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo” (Cl 1.28).

Lamentamos que durante os últimos cinquenta anos de colheita evangelística, a igreja global não tenha proporcionado de forma adequada o ensino necessário para ajudar os novos crentes a desenvolver uma cosmovisão verdadeiramente bíblica. A igreja muitas vezes falhou em estimular os novos crentes a obedecer ao chamado de Cristo para o discipulado integral no lar, na escola, na igreja, em nossas comunidades e nos mais variados locais e ambientes de trabalho. Ela também tem dificuldades para capacitar seus líderes para que respondam aos valores sociais atuais e às distorções do evangelho, que ameaçam corromper a fé sincera dos cristãos e destruir a unidade e a comunhão da igreja do Senhor Jesus. Consequentemente, ficamos alarmados com o surgimento de falsos ensinamentos e estilos de vida pseudocristãos, que distanciam muitos crentes dos valores essenciais do evangelho.

Ao longo de cinquenta anos, o Movimento de Lausanne tem se norteado pelo Pacto de Lausanne (1974), pelo Manifesto de Manila (1989) e pelo Compromisso da Cidade do Cabo (2010). A Declaração de Seul, do Quarto Congresso de Lausanne, ratifica plenamente esses documentos de Congressos anteriores e firma-se em seu sólido alicerce, renovando nosso compromisso com a centralidade do evangelho (Seção I) e com a leitura fiel das Escrituras (Seção II). Somente dessa forma podemos lidar com os desafios específicos que a igreja global enfrenta hoje (Seções III-VII) enquanto buscamos testemunhar fielmente sobre o nosso Senhor crucificado e ressurreto – o evangelho partindo de todos os lugares, para todos os lugares – em favor das futuras gerações.


Leia a Declaração de Seul em lausanne.org/pt-br/statement/declaracao-de-seul


REVISTA ULTIMATO – LAUSANNE – QUE A IGREJA ANUNCIE E DEMONSTRE CRISTO EM UNIDADE
“Que a Igreja anuncie e demostre Cristo, unida” é o tema do 4º Congresso Lausanne de Evangelização Mundial realizado em setembro de 2024 na Coreia do Sul, e registrado por Ultimato numa ampla matéria de capa.
Colaboraram com esta edição líderes, missionários, pastores que participaram do evento e que prosseguem trabalhando em favor do cumprimento da Grande Comissão.
É disso que trata a matéria de capa da
edição 411 da revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.


Saiba mais:
» O Compromisso da Cidade do Cabo – Uma declaração de fé e uma chamado para agir, Movimento Lausanne
» O Mundo – Uma missão a cumprir, John Stott e Tim Chester
» O Evangelho em uma Sociedade Pluralista, Lessline Newbigin
» Pacto de Lausanne
» Olhando para frente - Jovens líderes Lausanne, por Sabrina Lujić e Justin A. Schell

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