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Palavra do leitor

Decrepitude [Decrépitos, mas sujeitos de Direitos]

Tramitou, na semana anterior, no Congresso Nacional, um Projeto de Lei denominado
“Vale Cultura”, o qual cria um programa de incentivo a arte e a leitura; o Vale de R$ 50,00 mensais permite que seus beneficiários frequentem teatro, cinema, e adquiram livros [Diz a Folha de São Paulo: “podem gastar em produtos culturais como entradas para shows e peças, e compras de livros” – FSP. 06.12.2012 A-13 – Link http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/82134-senado-aprova-vale-cultura-que-aguarda-a-sancao-de-dilma.shtml].

Não resta a menor dúvida que é uma boa iniciativa, que vinha, desde longa data, engrossando a fila da procrastinação do Poder Legislativo.

O Governo, então, via Ministério da Cultura e acordo com a oposição, retirou do texto três classes sociais: os Servidores Públicos, os Aposentados e os Estagiários.

Mediante a exclusão desses cidadãos brasileiros [sujeitos de Direitos] a Câmara dos Deputados, em tempo recorde, votou favoravelmente o Projeto de Lei, que, remetido ao Senado Federal, teve a mesma célere acolhida [por voto de lideranças], restando subir à sanção da Presidente da República, que optou por esse caminho, do pré-acordo, para não ter o desconforto de ter que vetar as três referidas classes sociais, nesse momento político de distribuição de benesses.

Em um passado não muito distante as pessoas eram classificadas em faixas etárias [ainda são]: crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, merecendo, sempre, os mesmos atenção e respeito.

Criou-se depois, para a última faixa, a designação de “terceira idade”, carinhosamente tratada como “a melhor idade”.

Ora, ora, melhor idade!

A Palavra de Deus diz que “Os dias de nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado (Sl. 90. 10).

De fato, a saúde vai se esvaindo, é a idade do “condor” [com dor], como muitos, espirituosamente, apelidaram a velhice.

É o momento da vida no qual as pessoas mais necessitam serem assistidas, melhor serem cuidadas e tratadas.

Todavia, é aí que são relegadas a um progressivo e, até, oficial abandono; surgiram os “fatores previdenciários” que limitam as aposentadorias; surgiu, há alguns anos [1999], a desvinculação da aposentadora do SM [Salário Mínimo], havendo um fator de reajuste anual menor que o índice de correção do “mínimo” [é o mínimo do mínimo!].

Assim, alguém que se aposentou pelo teto [hoje R$ 3.912,20], há cerca de dez anos, recebendo, à época, uma aposentadoria em torno de 9.5 SM, atualmente deve estar recebendo na faixa de 4.1 SM, se tanto!

Se não poupou, se não provisionou para os “anos de vacas magras”, a aposentadoria não sustenta sequer um módico plano de saúde, nem permite que seja adquirida a medicação cada vez mais numerosa, imprescindível e onerosa.

Quando a situação econômica dos países [não é só no Brasil] entra em crise, em recessão, em colapso [como na Grécia], e há necessidade de cortes de gastos, é no “ganha pão” dos aposentados e pensionistas da Previdência Social que a tesoura governamental ataca primeiro; somos os decrépitos!

“Um idoso é patrimônio consolidado” (Contardo Calligares – FSP. E-14 – 06.12.2012).

Consolidados estamos, foram décadas de trabalho sério e responsável, mas na hora de se criar benefícios, como o Vale Cultura, somos nós os excluídos como se não fôssemos, segundo a Constituição Cidadã, iguais perante a Lei, com os mesmos direitos e obrigações, Lei essa inspirada na Declaração Universal dos Direitos da Humanidade, que deixa claro que todos somos iguais, não podendo haver classes excluídas, classes não alcançadas pelos Direitos da Cidadania.

Esquecem que fomos nós, os aposentados, quem investimos, dezenas de anos, no crescimento patrimonial das Empresas para as quais trabalhamos; via de consequência, contribuimos também, para a Riqueza Nacional Bruta, o PIB, seja ele o “pibinho” ou o “pibão”.

Foram trinta, quarenta, cinquenta anos [nosso caso 46 anos] de trabalho dia e noite, serviço árduo, mas voluntário, de boa vontade, por amor à camisa da Empresa, mas que, infelizmente, nos condenou a deixar a saúde nos ambientes da labuta, no interior das Firmas que nos acolheram, algumas delas com carinho paternal [nosso caso].

Resta-nos, aos decrépitos, a Palavra de Deus que afirma que “Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo a mendigar o pão” (Sl 37. 25); diz ela, ainda, que como “as aves e as flores não fiam e nem tecem [não trabalham], mas o Senhor as sustenta, também nós não devemos nos preocupar com o dia de amanhã, bastando a cada dia o seu próprio mal” (Mt 6. 25-34).

É no Senhor nosso Deus, e tão somente nEle, que devemos confiar, pois diz a sua Palavra que “maldito é o homem que confia no próprio homem” (Jr. 17. 5).

Devemos, com fé e louvores, praticar o que nos diz a Palavra de Deus: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais Ele fará” (Sl. 37.5).
São Paulo - SP
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