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Opinião

Ultimato 47 anos: Receber um convite como quem recebe um chamado missionário

Quando recebi o convite do Rev. Elben para escrever, em outubro do ano 2000, quase não acreditei. Embora já tivesse escrito alguns livros, publicados pela Ultimato, o que me tranquilizava um pouco, sabia da dificuldade de falar pouco. Percebia bem o desafio que era introduzir, desenvolver e encerrar um tema em 3250 caracteres, incluindo espaços. Fica tanta coisa por dizer! E eu, que achava que não conseguia falar muito sobre assunto algum, acabei por descobrir que é mais difícil falar pouco sobre qualquer coisa.

Mas a honra era grande, e eu entendi, pela fé, de que Deus me abria um espaço novo, para fazer um exercício novo. Recebi o convite como quem recebe a um chamado missionário: trêmulo e agradecido. Afinal, era uma missão no reino.

A linha a seguir em meus textos eu a concebi imediatamente, embora não tivesse certeza se conseguiria mantê-la em todas as edições. Vivíamos o clima de final de século e virada de milênio; e eu ouvira diversas vezes o Bispo Robinson Cavalcanti (já articulista da Ultimato) discorrer sobre a harmonização da leitura bíblica com a vida cotidiana. Uma deveria levar à outra. Ele usava a expressão: "com uma Bíblia em uma mão e o jornal na outra", ensinando-nos sobre a dialética da teologia do caminho. Meu primeiro "Ponto Final" apareceu, com essa proposta, na revista nº 268, de janeiro/fevereiro de 2001. Ao longo dos anos que se seguiram, tenho tentado manter-me coerente; tenho buscado me aprimorar nas leituras devocionais dos fatos e eventos do cotidiano.

Lembro-me de que, naqueles últimos anos do Século XX, em tom profético, dizíamos que o grande desafio da igreja do próximo século seria, simplesmente, o de manter-se igreja: uma comunidade em que vigorasse uma indestrutível aliança de amor, um deliberado pacto de pertencimento, de serviço anônimo sob a autoridade da Palavra de Deus; aliança essa, celebrada entre Deus e os homens e reproduzida entre os seus filhos, como irmãos. O símbolo e bandeira desse desafio seria, tão singelo quanto inspirador, o pão e o cálice.Hoje me pergunto em que medida a igreja tem conseguido preservar esse caráter, essa identidade fundamental. E as respostas que tenho podido enxergar têm sido de que nunca precisamos tanto do poder de Deus; do poder de Pentecostes. Nunca precisamos tanto de poder para não nos conformarmos com este século, mas transformarmo-nos pela renovação de nossas mentes.

Espero poder permanecer, em 2015, com o jornal em uma mão e a Bíblia na outra, modestamente colaborando com a missão Ultimato.
Rubem Amorese é presbítero emérito na Igreja Presbiteriana do Planalto, em Brasília. Foi professor na Faculdade Teológica Batista por vinte anos e consultor legislativo no Senado Federal. É autor de, entre outros, Fábrica de Missionários e Ponto Final. Acompanhe seu blog pessoal: ultimato.com.br/sites/amorese.

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