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Opinião

Tudo o que devia saber na vida aprendi com Jesus

Por William Lane

Em 1988 o pastor unitarista norte-americano, Robert Fulghum, ficou famoso com a publicação de sua obra “All I Really Needed to Know I Learned in Kindergarden”, lançado em português em 2004 sob o título “Tudo o que eu devia saber eu aprendi no jardim da infância” (Ed. Best Seller). O livro permaneceu na lista de best-sellers em Nova York por quase dois anos. Dentre as coisas que ele relaciona estão ideias muito simples de conduta e convivência social como, por exemplo: “não pegue as coisas dos outros”, “arrume a sua bagunça”, “peça desculpas quando machucar alguém”, “respeite o limite dos outros”, dentre outras.

A ideia é muito sugestiva e provocadora. Mostra muito bem que o que somos e como resolvemos nossos problemas, hoje, depende muito de valores e princípios que desenvolvemos desde a infância. A ideia não é nova. Provérbios nos diz: “Ensine seus filhos no caminho certo, e, mesmo quando envelhecerem, não se desviarão dele” (Pv 22.6, NVT). Também temos em nossa cultura uma expressão que reflete essa ideia, “isso vem de berço” ou “isso se aprende no berço” – explicando que certas condutas revelam a formação que a pessoa teve na infância.

Algo semelhante pode ser dito sobre a nossa caminhada com Deus. Os anos iniciais de nossa fé são determinantes para nossa caminhada subsequente com Deus. Quando comecei a ler a Bíblia de forma mais intencional e pessoal, na adolescência, comecei pelos Evangelhos. Alguns ensinamentos e parábolas de Jesus foram marcantes para mim naquela época, e, à medida que o tempo passa, descubro que influenciam até hoje meu modo de pensar e agir. Não é exagero dizer que “tudo o que realmente devia saber na vida eu aprendi com Jesus, na leitura dos Evangelhos”.

Por isso, nesse início de ano, quero recordar alguns desses ensinamentos elementares que fazem toda a diferença na maneira como vivemos com Deus e com as pessoas. São alguns ensinamentos tão elementares, porém, também tão ignorados por nós. Parafraseio alguns desses ensinamentos preciosos.

Não fiquem preocupados com as coisas da vida, o que comer ou beber... (Mt 6.25)

Tão simples, mas tão difícil de praticar. No mundo em que ter e fazer se tornam mais importante do que ser e conviver, vivemos constantemente ansiosos e inquietos com as “coisas” e menos com as pessoas. É preciso um exercício de contemplação e reconhecimento do cuidado de Deus para nos desvencilhar da tirania da ansiedade pelas coisas da vida.

Busque em primeiro lugar o reino de Jesus e a sua justiça, e você vai ver como serão supridas todas as suas necessidades (Mt 6.33)

Buscar o reino e a justiça parece algo tão abstrato em comparação com as necessidades da vida. Por outro lado, ter tudo que se deseja não satisfaz as pessoas. É justamente os valores do reino e da justiça que dão sustentabilidade à existência e satisfação humanas.

Por que você fica incomodado com os erros dos outros e não enxerga os seus próprios defeitos? (Mt 7.3)

Os pequenos erros dos outros sempre são imensamente maiores do que nossos mais graves defeitos. Se pudéssemos ser mais condescendentes e pacientes com os erros do cônjuge, dos filhos, dos parentes, dos irmãos da igreja, do pastor e etc., poderíamos viver mais solidariamente. Precisamos ser mais perdoadores, compassivos, compreensivos e longânimes.

Quando ajudar os outros, não fique esnobando. Nem sua mão esquerda precisa saber o que a mão direita fez (Mt 6.3)


Esse ensino parece que nunca foi tão necessário quanto nos dias de hoje, em que os meios de comunicação em massa e as redes sociais são usados constantemente para exibir os gestos solidários e bondosos de tantos indivíduos. Se dependesse do “bem” que vemos as pessoas fazendo nas redes sociais, esse mundo seria uma maravilha.

Vocês aprenderam que era para amar o seu próximo e odiar o inimigo, mas eu digo o seguinte, amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês (Mt 5.43)

Não precisa muito para considerarmos alguém um “inimigo” ou “adversário”. O individualismo e narcisismo modernos levam as pessoas a considerarem até seu cônjuge como um inimigo, e, muitas vezes, por pouca coisa. Mesmo que os seja, Jesus ensina a amar, não odiar.

Se alguém quer salvar a sua vida, se dará mal; mas quem perder por minha causa, terá uma grande alegria e surpresa de encontrar uma vida incomparável (Mt 16.24-25)
A vida não se define por alcançar os “meus” sonhos e objetivos, ser o que sempre quis ser, viver a minha vida. A alegria e satisfação são alcançadas quando nos doamos, principalmente, quando nos doamos a Cristo para que ele seja o centro de nossa vida.

Não são as coisas que comemos que nos contaminam, mas as coisas que saem de nossa mente e coração (Mt 15.11)

É muito mais fácil nos preocuparmos com a forma, o ritual, a lei da igreja ou a religião e não perceber que, no fim, essas coisas não transformam fundamentalmente a maldade, inveja, egoísmo, intolerância e amargura interior das pessoas.

Esses são alguns de tantos ensinamentos singelos e genuínos de Jesus que precisamos cultivar constantemente em nossa vida.

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Pastor presbiteriano e doutor em Antigo Testamento, é professor e capelão no Seminário Presbiteriano do Sul, e tradutor de obras teológicas. É autor do livro O propósito bíblico da missão.
  • Textos publicados: 58 [ver]

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