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Opinião

Uma semana de esperança para a universidade

Por Antonia Leonora van der Meer

Em 1996, quando cheguei no Centro Evangélico de Missões (CEM), em Viçosa –  a mesma cidade da Universidade Federal de Viçosa (UFV), logo depois de servir por 10 anos em Angola e Moçambique, ajudando a implantar o ministério estudantil naqueles países, o mundo universitário ainda atraía minha atenção e interesse.
 
Nesse mesmo ano, o CEM, junto com jovens universitários cristãos, com o apoio da Igreja presbiteriana de Viçosa (IPV), promoveu uma semana diferente: a “Semana da Amizade”, muito semelhante ao que seriam, depois, as Semanas da Esperança. Algo que existe desde essa primeira semana é a “amigoterapia”. Conseguíamos a permissão de uso de algumas salas e nos dispúnhamos a atender pessoas que queriam ter uma conversa franca, desabafando, contando sobre suas lutas, e isso por vários anos atraiu bastante interesse.
 
Houve um envolvimento forte dos alunos do CEM, junto com a ABU na Semana da Amizade. Escrevemos folhetos que distribuímos e muita gente gostou do conteúdo, bem poucos jogavam fora, alguns perguntavam se ainda tínhamos mais. Foram feitas palestras, preparamos e usamos estudos bíblicos indutivos em vários espaços da universidade: em quartos de alojamentos, no gramado, onde quer que surgissem pessoas interessadas. 

Em 1998, devido a vários suicídios entre universitários e a um ambiente geral depressivo no campus da UFV, resolvemos chamar este evento de “Semana da Esperança”. Fomos a rádios e jornais para explicar o objetivo dela e pedir ajuda na divulgação. O evento começou a ser amplamente divulgado como “a primeira Semana da Esperança”. Essa foi a dica para continuar com a segunda, terceira, etc.
 
Inicialmente a Semana da Esperança era realizada anualmente, depois a ABU Viçosa decidiu que era melhor realizá-la a cada dois anos, para não prejudicar as atividades regulares do grupo. A criatividade dos estudantes dava gosto. Desde a Semana da Amizade sempre houve um elemento criativo, inventado pelos estudantes, que atraía a atenção.
 
Em uma das edições da Semana da Esperança, organizadores e colaboradores dividiram-se em dois grupos. O primeiro apresentava-se como estudantes normais, e passava nos alojamentos falando da Semana da Esperança, convidando os universitários para a participação. Depois vinha um segundo grupo, vestido de preto, meio mal-encarado, e falava mal da Semana da Esperança: “Não vá para esse programa, não, essa gente é retrógrada e sem graça...” Resultado, o pessoal das residências começou a gritar das janelas: “Nós estamos com a Semana da Esperança!”.
 
Em outro ano, o elemento criativo era um cubo, quase totalmente escuro por dentro, cheio de todo tipo de recortes sobre situações diferentes e conflitos, com uma pequena luz que girava, e se ouvia a mensagem: “E agora José? ” O pessoal que passava por lá saía disposto a conversar. 
 
Houve também um labirinto, em que em vários momentos o visitante escolhia qual caminho seguir. Dentro dele havia perguntas interessantes e nas duas saídas havia pessoas dispostas a conversar. A cada ano surgiam novas ideias.
 
Com o tempo, foi incluído um sarau na programação da Semana. Não havia regras do que poderia ser apresentado e esta era mais uma oportunidade criativa de mostrar o evangelho.
 
Houve anos em que as palestras – também parte do programa – eram lotadas e em outros que quase não houve interesse por elas. 
 
Em todas as edições da Semana da Esperança houve apresentação musical, na hora do almoço, no Diretório Central Estudantil do campus.
 
Falávamos abertamente do evangelho, sem defender alguma denominação, mas sempre convidávamos os interessados para encontros da ABU e da igreja que frequentávamos.
 
Alguns anos tivemos bastante apoio da reitoria da UFV e permissão para uso de auditórios. Certa vez, quando a Universidade rejeitou todos os pedidos o DCE nos acolheu.
 
O melhor das Semanas da Esperança era estar aberto para conversar com os estudantes e perceber que muitos tinham interesse em pensar no significado da vida e na esperança que temos em Jesus. Muitos sentiam bastante a solidão, a distância da família, a falta de perspectivas para o futuro. Alguns foram seduzidos para entrar em atividades que incomodavam sua consciência (álcool, drogas, libertinagem sexual). Assim o tema “Esperança” permaneceu apropriado e atraente. 
 
Durante as dez edições da Semana da Esperança surgiram boas amizades com não cristãos, incluindo ateus convictos que de alguma maneira sentiam-se atraídos pela nossa galera.
 
Eu não imaginava que a ideia inicial da Semana da Esperança iria se multiplicar e continuar sendo usada criativamente por gerações de estudantes. Isso me deixa muito feliz e grata a Deus!

• Lembranças da Tonica (Antonia Leonora van der Meer), ex-assessora da ABU. 
 
Nota:
» Nos dias 16 a 21 de setembro de 2019 acontece a 11ª Semana da Esperança na Universidade Federal de Viçosa. Tonica já não mora na cidade há três anos, mas continua a acompanhar este evento. 

 

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