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Opinião

Quando a resiliência boicota a injustiça

No dia 4 de abril de 2018, foi comemorado o aniversário de 50 anos da morte de Martin Luther King Jr., um líder no movimento e na luta pelos direitos civis nos Estados Unidos que foi assassinado. O movimento de direitos civis tinha a visão de alcançar liberdade, justiça e igualdade para todos os seres humanos. A confrontação pela qual Rosa Parks passou em um ônibus, em um determinado dia, desencadeou o que galvanizou a resiliência conjunta necessária para posicionar-se de uma forma mais organizada. Na verdade, Rosa estava sentada na parte de trás do ônibus, que era destinada às pessoas negras, mas a parte da frente, que era para os brancos, estava cheia e alguns homens brancos estavam de pé. O motorista insistiu que aqueles que estavam sentados nas primeiras fileiras da parte destinada aos negros se colocassem de pé e cedessem seus lugares aos homens brancos.

Várias pessoas colocarem-se de pé e afastaram-se das primeiras fileiras, mas Rosa Parks recusou-se a fazer o mesmo. Por causa disso, ela foi presa e processada. Nos próximos 382 dias, todas as linhas daquela empresa de ônibus foram boicotadas. Isto significou que todas as pessoas que se posicionaram a favor da justiça e da igualdade tiveram de caminhar até o trabalho, enfrentando intimidações, perseguição e insultos ao longo do caminho. Casas foram atacadas e foram feitas ameaças. Neste período, uma ação judicial foi iniciada pela comunidade afro-americana, que fez alusão a casos judiciais históricos que concluíram que “a separação nunca foi algo igualitário” (Brown vs Brown sobre Educação). Eles ganharam a causa e a empresa de ônibus foi forçada a acabar com o sistema de segregação.

Esta conquista abriu as portas para crer que era possível alcançar mudanças. A primeira medida foi reunir todos os líderes das igrejas e coordenar várias atividades para que um movimento fosse formado. Eles fizeram isto realizando uma conferência e, assim, pudessem compreender qual seria a melhor maneira de agirem conjuntamente.

A partir de então, muitas ações foram iniciadas para conscientizar e inspirar a nação a desafiar leis injustas. Comemoramos as mudanças; reconhecemos o preço que foi pago para conquistá-las e observamos que, nos dias de hoje, o legado da injustiça não foi totalmente erradicado. O movimento A Vida dos Negros Importa (ou Black Lives Matter, em inglês) é um exemplo da resiliência que ainda é necessária para lidar com isto.

O que podemos aprender com este tipo de resiliência?

Ela começa com uma compreensão do que é certo e justo, o que provém da Palavra de Deus e pode ser visto na vida de Jesus.

Precisamos fazer a seguinte pergunta: Como poderíamos levar justiça ao nosso contexto? Em seguida, precisamos nos posicionar em relação a isso. Há muitas maneiras de nos posicionarmos. Um exemplo foi a decisão de Rosa Park de não ceder o seu assento ou talvez possa requerer que você caminhe em solidariedade por uma causa, boicotando uma empresa que adota práticas injustas, ensinando a sua família, sua igreja ou comunidade sobre o que é justiça e, assim, passe a existir um conhecimento mais amplo que leve a um descontentamento maior e à resiliência contra a injustiça. Isto leva ao confrontamento com os poderes que preferem manter a situação vigente ou o que favorece seus interesses próprios. As consequências de posicionar-se são reais, porém, a mudança que isso ocasiona também é surpreendente. Precisamos apenas olhar para as histórias da atualidade, tais como as seguintes:

Joshua Wong: buscando democracia em Hong Kong, ele foi preso por reunir pessoas ilegalmente. Joshua reconheceu que um fator importante na busca por mudanças foi conscientizar a comunidade de que elas são possíveis.

Evan Mawarire: buscando justiça e transformação em Zimbábue, ele foi preso e acusado de subverter um governo eleito constitucionalmente, simplesmente por ter questionado a situação de deterioração do seu país e por ter tido a coragem de sonhar com algo melhor.

Mariella Franco: buscando defender os direitos humanos de comunidades carentes no Brasil, ela foi assassinada em março de 2018.

Malala Yousafzai: buscando defender os direitos que as meninas têm de ir à escola no Paquistão, Malala foi atingida por disparos e, felizmente, sobreviveu e tem persistido em posicionar-se para garantir a educação das meninas.

Nota: Conteúdo publicado originalmente no boletim online da Rede Miqueias, em 1º de maio de 2018.

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