Apoie com um cafezinho
Olá visitante!
Cadastre-se

Esqueci minha senha

  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.
Seja bem-vindo Visitante!
  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.

Opinião

O Senhor morto e o Senhor vivo

 Por que vocês estão procurando entre os mortos quem está vivo?

Na próxima sexta-feira, a cristandade vai lembrar
a morte de Jesus e, no próximo domingo, a sua ressurreição. São dois eventos históricos, um atrás do outro. Não vale a pena comemorar o primeiro se não comemorarmos o segundo. Nesse caso, é melhor abrir mão de ambos, da crucificação e da ressurreição.

No gramado entre o refeitório e o pavilhão de aulas do Centro Evangélico de Missões, em Viçosa (MG), temos uma imponente cruz vazada. Essa cruz anuncia os dois grandes eventos da Semana da Paixão (ou Semana Santa): a morte e a ressurreição de Jesus. A cruz não-vazada, que está em toda parte (nas igrejas, nos cemitérios, em algumas repartições públicas, nos colares e broches e na lapela de muitos casacos) nos leva ao Senhor Morto. E a cruz vazada nos leva ao Senhor Ressuscitado. A cruz vazada precisa estar na consciência coletiva e na memória de cada cristão.

O Senhor Morto tem um significado enorme e sublime. O Senhor Ressuscitado também tem um significado enorme e sublime. Um não é mais importante do que o outro. Ambos formam e são um só bloco, completo, o bloco da redenção. Na sexta-feira colocamos Jesus na cruz e no domingo o tiramos de lá. Esse foi o erro de José de Anchieta conhecido como “o Apóstolo do Brasil”, morto aos 63 anos, há mais de quatro séculos (junho de 1597).

Não por falta de convicção, mas por lamentável omissão, o famoso missionário jesuíta, que veio para cá como noviço aos 19 anos, esqueceu-se de mencionar a ressurreição de Jesus em seu catecismo bilíngue (tupi e português), escrito por volta de 1560, intitulado Diálogo da Fé.

Das 616 perguntas e respostas do catecismo de Anchieta, 168 (mais de 25%) invocam acontecimentos da Sexta-feira Santa, desde a saída de Jesus do cenáculo até o seu sepultamento. Anchieta deixa claro que o Senhor morreu por vontade própria e para tornar possível o perdão de Deus. Todavia, nada menciona sobre o túmulo vazio, sobre as diversas aparições de Jesus pelo período de 40 dias, embora na última resposta se diga que “o Senhor Jesus se preparava para viver de novo” (Diálogo da Fé, p. 193). Crianças e adultos, nativos e forasteiros, negros e brancos que estudavam e decoravam o seu catecismo, anos a fio, ficaram sem essa informação clara e preciosa, uma das mais importantes e emocionantes colunas do cristianismo.

A pessoa que não vê Cristo na cruz nem no túmulo, lugares anteriormente ocupados por ele, mas consegue enxergar nitidamente a cruz vazia e o túmulo vazio — essa pessoa pode tranquilamente denominar-se cristã!

Foto: Ana Cláudia Nunes

Leia mais

Nem tudo é sexta-feira
Cruz vazada, mas não esvaziada!
A cruz de Cristo

Elben Magalhães Lenz César foi o fundador da Editora Ultimato e redator da revista Ultimato até a sua morte, em outubro de 2016. Fundador do Centro Evangélico de Missões e pastor emérito da Igreja Presbiteriana de Viçosa (IPV), é autor de, entre outros, Por Que (Sempre) Faço o Que Não Quero?, Refeições Diárias com Jesus, Mochila nas Costas e Diário na Mão, Para (Melhor) Enfrentar o Sofrimento, Conversas com Lutero, Refeições Diárias com os Profetas Menores, A Pessoa Mais Importante do Mundo, História da Evangelização do Brasil e Práticas Devocionais. Foi casado por sessenta anos com Djanira Momesso César, com quem teve cinco filhas, dez netos e quatro bisnetos.
  • Textos publicados: 115 [ver]

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.

Ultimato quer falar com você.

A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.

PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.


Leia mais em Opinião

Opinião do leitor

Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta

Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.