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Independência ou escravidão

Sete de setembro: independência do Brasil. Festa nacionalista, apelo popular. Boa oportunidade para refletirmos sobre as independências e as escravidões modernas.
Não é de ignorar o valor da nossa autonomia política conquistada com relação a Portugal, em 1822. Soberania nacional não é algo fácil e gratuito. Exemplo é o sangue derramado nos últimos dias na Líbia e em outros países da África e do Oriente Médio.

No entanto, não se conjuga, de fato, independência política sem independência econômica, social e religiosa. Daí o grande desafio: exercer uma cidadania que leve à justiça social.

Para os cristãos, que creem em uma esperança eterna, o desafio não é menor. Como disse Robinson Cavalcanti no artigo Desafios para a Cidadania Cristã (Ultimato nº 299):
“Os cristãos, conhecedores das Sagradas Escrituras, sabem que não estão na terra, nesse tempo e lugar, por acaso e sem propósito, ou se purificando para a próxima encarnação. Sabem que a terra e o Brasil não são apenas uma ‘sala de espera do aeroporto’, onde se espera a chamada para embarcar em um dos próximos voos para o céu. [...] A cidadania celestial nos move, como ‘sal da terra e luz do mundo’, a uma presença relevante; como mensageiros do reino de Deus, de justiça e paz, a um cotidiano exercício responsável da cidadania terrena, procurando combater as manifestações também sociais e culturais do pecado, na promoção do bem comum”.

Independência
Uma independência a ser celebrada é a separação entre Estado e Igreja, o que resulta no chamado Estado laico. Mesmo que em muitas ocasiões se pareça um Estado secularista ou ainda com preferências religiosas, é inegável o avanço, como bem lembra o artigo Protestantes – traidores da pátria e do imperador:

“No dia 12 de janeiro de 1868, O Apóstolo, ‘periódico religioso, moral e doutrinário, consagrado aos interesses da religião [católica] e da sociedade’, publicado ‘impreterivelmente aos domingos’ na corte, queixava-se de que ‘alguns pobres innocentes têm se deixado embahir pelos pregadores de Calvino e de Lutero’. O autor do artigo afirmava: ‘um brazileiro protestante sôa tão mal como o nome de traidor a seu paiz e ao seu Imperador’ (p. 10).

Havia certa lógica nesse raciocínio, desde que, à época, o Brasil era um país oficialmente católico e não laico. A essa altura, Dom Pedro II tinha 43 anos e Ashbel Green Simonton, ‘um dos pregadores de Calvino’, havia morrido de febre amarela, um mês antes, aos 34 anos.”

Escravidão
Por outro lado, mesmo em um país independente, ainda há escravidão moderna. Por exemplo: no dia 18 de agosto, o deputado estadual Carlos Bezerra Jr. apresentou pedido para abrir investigação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) sobre casos de trabalho escravo em São Paulo, a partir das denúncias que envolveram a marca de roupas espanhola Zara e apontaram que bolivianos, peruanos, paraguaios e brasileiros estavam trabalhando em estabelecimentos clandestinos de confecções, em condições precárias. Com apoio suficiente, a CPI foi oficializada.

Já os Jovens com uma Missão (JOCUM) de Belo Horizonte (MG) vão comemorar seu aniversário de 25 anos com a realização do Congresso Internacional “Pare o Tráfico Humano”, que vai abordar e discutir temas como: tráfico humano, exploração sexual e escravidão moderna. O evento vai ocorrer de 29 de setembro a 01 de outubro. Segundo a organização, estima-se que hoje haja 27 milhões de escravos no mundo. Destes, 10 milhões são crianças e adolescentes, abaixo de 18 anos.

Gratidão pela independência do país é algo bom, mas ufanismo não faz bem. As mesmas mãos que levantam a bandeira do Brasil em um campo de futebol ou em uma passeata cívica também devem ser erguidas, de forma cidadã, em favor de quem ainda sofre com a opressão e negação do direito à liberdade. Libertação do pecado e de estruturas opressoras são aspectos da missão cristã (Lc 4.18,19).

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