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Encontro analisa concepções socioculturais do uso da terra no Brasil

(ALC) Num mesmo país, como o Brasil, podem coabitar grupos culturais que atribuem valores completamente díspares ao elemento “terra”. Se para povos indígenas a “mãe terra” corresponde a um sinônimo de vida, de convivência e de sobrevivência, para outros setores sociais o solo não passa de uma fonte de enriquecimento, poder e extração de mercadorias. 

A constatação é de participantes do encontro “Terra, um tema candente/urgente na IECLB”, promovido no dia 17 de agosto pelo Conselho de Missão entre Índios (COMIN), vinculado à Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB). O encontro, em São Leopoldo, analisou as diferentes concepções socioculturais de utilização da terra. 

Na meditação intitulada “Terra – a matéria-prima dos humanos”, o coordenador adjunto do COMIN, pastor Hans Trein, defendeu a hipótese de que quanto mais as sociedades se distanciam de suas origens tribais na direção de modernas sociedades de Estado, tanto mais elas se afastam da terra. “Parece que enveredamos pelo caminho sem volta da cultura e da civilização”, mencionou Trein, ao enfatizar que as palavras atualmente em voga remetem à “urbanização, industrialização, poluição, superpopulação, globalização e aquecimento global”. 

O pastor mencionou a contrariedade existente ao se mensurar o grau de desenvolvimento de um país tomando como base de cálculo o número de habitantes nas regiões urbanas. “Na política de desenvolvimento, por muitos anos, falou-se da contraposição de países agrários e países industrializados para distinguir entre países subdesenvolvidos e países desenvolvidos”, sublinhou. 

Ao procurar contrapor suas colocações com dados concretos, Trein mencionou que na Alemanha, com 81 milhões de habitantes, somente 400 mil pessoas ainda permanecem vinculadas à agricultura. No Brasil, com população estimada em 190 milhões de habitantes, 12% deste total sobrevivem com recursos provindos da agricultura. 

No seu relato o pastor luterano lembrou que todos os povos originários, sejam eles os suwamish norte-americanos, os aymara bolivianos ou os guarani brasileiros, concebem o elemento terra como o marco que estabelece o início e o fim da vida, acolhendo as pessoas e fornecendo os recursos necessários para a sobrevivência. “O que todos eles crêem coincide conceitualmente com o segundo relato bíblico da criação, no qual Deus forma um boneco de terra para em seguida insuflar-lhe o sopro da vida”, comparou. 

Ao fazer menção às palavras do cacique Seattle, que em 1855 recusou a proposta do presidente norte-americano Franklin Pierce de comprar as terras dos suwamish, o pastor recordou que tudo quanto fere a terra fere também os filhos da terra, e que causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. 

Num segundo momento do encontro, o sociólogo Ivaldo Gehlen enfatizou que a temática da terra é apresentada de forma conflituosa pela mídia. “Enquanto que em relação à ocupação e uso da terra existe uma falta de padrões e normas de comportamento, não existe um consenso de valores éticos”, assinalou. 

Participaram do encontro de São Leopoldo, que foi assessorado pelo sociólogo Ivaldo Gehlen, o teólogo Oneide Bobsin e o antropólogo Lúcio Schwingel, representantes do Departamento de Educação Cristã, da Rede Sinodal de Educação, da diretoria e da secretaria da Instituição Sinodal de Assistência, Educação e Cultura, da Escola Superior de Teologia (EST), da Fundação Luterana de Diaconia, do Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor, conselheiros e obreiros do COMIN e pastores sinodais. 

Entre os encaminhamentos propostos pelo grupo de estudo constam: a continuidade das reflexões sobre a temática da terra, inclusive com envolvimento maior dos Sínodos e da direção da IECLB; um programa de formação para entender melhor todas as questões que envolvem a temática; e a formação de um grupo mediador de conflitos em relação à terra. 

Fonte: www.alcnoticias.org

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