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Opinião

A paz das cidades: de quem é a responsabilidade?

“Busquem a paz da cidade para a qual eu os deportei e orem ao Senhor em favor dela, porque a paz de vocês depende da paz dela”. (Jeremias 29.7)

No fim do mês de janeiro passado foi divulgada uma pesquisa sobre as cidades mais violentas do mundo. Dentre as 50 cidades mencionadas, 19 são brasileiras. O Brasil é o país com o maior número de cidades nessa triste lista. A pesquisa foi realizada por uma ONG Mexicana – Conselho Cidadão pela Seguridade Social Pública e Justiça Penal.
Veja a lista das cidades brasileiras pela ordem como aparece no ranking: Fortaleza, Natal, Salvador, João Pessoa, Feira de Santana - BA, Vitória da Conquista (BA), Campos dos Goytacazes (RJ), Maceió, São Luiz, Cuiabá, Manaus, Belém, Goiânia, Aparecida de Goiânia, Teresina, Vitória, Recife, Aracaju, Campina Grande, Porto Alegre, Curitiba, Macapá. O estudo é feito a partir de dados oficiais.

Se fizermos um paralelo dessa pesquisa com o “Mapa da Violência no Brasil”, que sai anualmente, veremos que em 2015 foi registrado um aumento significativo das mortes da população de jovens. Já no ano de 2012, foram registrados 56 mil mortes por homicídios, que representa a morte de 154 pessoas por dia. São mais de 6 mortes por hora. São números alarmantes e que deveriam nos deixar profundamente indignados, ao observarmos a passividade de nossa sociedade diante de tamanha iniquidade.

Outro dado que poderia ser pesquisado diz respeito à presença ou crescimento das igrejas evangélicas nessas regiões mais violentas, em especial nessas 21 cidades que aparecem na lista mencionada acima. Sabemos que é exatamente em algumas dessas cidades mais violentas que a igreja mais cresceu, segundo o último censo. É o caso de Manaus, Belém, Vitória, Goiânia, entre outras. A relação entre a presença da igreja e a violência que ceifa a vida dos nossos jovens nessas cidades deve ser um tema muito importante para nossa reflexão teológica. Precisamos refletir sobre que tipo de Evangelho tem sido pregado nessas cidades.

O texto mencionado acima, do profeta Jeremias (29.7), que escreve aos exilados na Babilônia, liga diretamente a paz do povo de Deus com a paz e a prosperidade das cidades. A paz exposta no texto não é etérea; pelo contrário, está intrinsicamente ligada à paz da cidade onde o povo de Deus habita e vive.

O profeta Isaías, por sua vez, afirma que:
“O fruto da justiça será paz; o resultado da justiça será tranquilidade e confiança para sempre. O meu povo viverá em locais pacíficos, em casas seguras, em tranquilos lugares de descanso” (Isaías 32.17).

Tanto o profeta Jeremias quanto o profeta Isaías pregam uma espiritualidade com forte ligação com a cidade onde vivenciamos nossa fé. Os textos nos lembram das duas cidadanias comuns a todos os crentes – a do céu e a da terra.

Este tema não ficou fora da proclamação que Jesus mesmo fez sobre o Reino de Deus. No Sermão do Monte, apresenta sua plataforma para seus discípulos, pela qual eles e elas deveriam ser conhecidos. Em Mateus 5.9, Jesus afirma: “bem-aventurados os pacificadores”. Cada cristão, portanto, será abençoado e abençoador se for um pacificador (promotor da paz), tanto na igreja como na sociedade.

Se cada cristão assumir com inteireza de coração essa bem-aventurança ensinada por Jesus, podemos fazer uma verdadeira revolução não só nessas cidades, mas em todas as cidades onde Deus nos tem chamado a viver em missão. Nossa espiritualidade encarnada trará um impacto para nossas cidades.

Sonho com o dia em que nossas cidades serão pacificadas porque cada cristão e cada igreja local levarão realmente a sério o mandato de Jesus de sermos pacificadores.
Que o Deus da paz e da reconciliação nos ajude em sua infinita graça!

• Welinton Pereira
é pastor Metodista, assessor de Advocacy da Aliança Cristã Evangélica Brasileira, conselheiro da RENAS e Assessor Sênior de Relações Institucionais da Visão Mundial em Brasília (DF).

Nota: artigo publicado originalmente no site da Aliança Evangélica.

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