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Palavra do leitor

Uma carta para você, vida!

Uma carta para você, vida!



Queria escrever muitas coisas, mas tenho compreendido sobre a importância de deixar as palavras se ajuntarem e, assim sendo, a encontrar. Sabe, ao abrir suas páginas, percebo que há injustiças, incertezas, perdas que nunca aceitaremos, partidas que, caso pudéssemos, não deixaríamos acontecer. É bem verdade, viver traz um certo medo, amar parece ser uma aventura obscura, a traição bate a porta, o abandono não se descarta e, mesmo assim, como fugir da paixão, das emoções, dos sentimentos? Ah, vida, você é uma descoberta árdua e surpreendente, porque tenho de lidar com as lágrimas, curtir com os risos e sorrisos, enfrentar a ingratidão e o silêncio. As vezes, você, você mesmo, deveria ser mais legal, mais humana, mais previsível; agora, lá o fundo, não é, nem será e muito menos poderá ser dessa maneira. Então, nessa noite de quarta – feira, com a alma estreitada, com uma vontade sentar – me, ao lado das lágrimas e me debruçar em muitos por quês, me faz correr o risco e arriscar por me enveredar a direção de ser mais vulnerável, de remover as máscaras, de tirar as maquiagens e admitir o quanto sou frágil, enredado pelas dúvidas, tomado por uma overdose de inconformismo e dizer que ainda decido caminhar com você, sem ilusão, sem fantasias, sem jogos de enganos, sem nenhuma culpa e condenação. Sinceramente, vida, talvez magoei muitos, criei expectativas que nunca virão a tona, tenho ainda aquela dificuldade de me mostrar como sou, ou seja, com medo de não ser visto, de não ser aceito, de não ser acolhido, de não ser lembrado e os demais semelhantes também. Por isso, vida, compreendo que não posso me esquecer das pessoas e como queria pegar uma varinha mágica e mudar tudo, mas isso seria egoísmo, presunção, estupidez e deixar de ser gente, de ser humano, de ser pessoa, de ser alma, de ser uma narrativa poética, romântica, trágica, cômica e tudo seria um jogo de cartas marcas e, com certeza, não estaria, aqui. Sem sombra de dúvida, se mostrar como sou, causa uma sensação de ir, aos poucos, reconhecer ser livre das desilusões e aprender a importância das pessoas me aceitarem, como sou, sem fazer disso nenhum pretexto para permanecer blindado, escudado, fechado, isolado, escondido, atrás do palco, porque não vai e não vai me fazer forte, corajoso, sensível, criativo, inspirador e fecundo. Vou além, vida, como tenho notado a questão de não querer moldar as pessoas, imprimir formas de que deve ser assim e pronto. Não e não, vida, ainda não renunciei de me apaixonar por você e isso me leva ao que há de mais fundamental, em nossa relação, ou seja, pessoas. Em meio as loucuras, as insanidades, as impiedades, as iniquidades, as indiferenças, ainda assim, vida, você me chama para creditar e acreditar em meu ser e no próximo, desatar as cordas e experimentar as ondas dos não (s), das conquistas, do prazer não banal, do amor que não se resume ao erótico (mas tem carinho, abraço, suavidade, leveza, inocência, flores, bombons, ficar vermelho e sem graça, diante de quem nos faz pulsar mais forte, sem a intenção de escravizar, manipular, desfigurar). Enfim, vida, escrevo essa carta, e se puder me ajude a pedir ajuda, sem nada a ocultar; afinal de contas, a vida vai muito além de bons e maus momentos.
São Paulo - SP
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