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Palavra do leitor

Sobre a culpa e a Graça

Como boa parte dos cristãos da época atual, eu também nasci e cresci em um lar cristão. Enfrentei lutas, tive experiências com Deus e achava que O conhecia. Entretanto, no meio de um problema familiar que enfrentamos em um longo período, após sucessivos ataques do inimigo e dificuldades, minha capacidade de resistência desapareceu. Um certo dia, acordei triste e sem esperança, e me deparei com o que não esperava que me acontecesse: o ateísmo bateu a minha porta e, eu, já sem forças para lutar contra, deixei que ele entrasse. Dormi cristã e acordei ateia.
Eu sabia que o sentimento não era correto, mas nada fazia sentido pra mim. Levantei-me e fui pra faculdade, e, no caminho, comecei a pedir a Deus que me fizesse acreditar nele novamente, que falasse ao meu coração, que me falasse alguma coisa sobre Ele e suas promessas. Ele falou comigo, recitou a Sua palavra pra mim. E a culpa veio. A culpa por ter duvidado dEle, por não ter confiado a Ele a resolução da situação em que me encontrava. Passei do ateísmo à culpa.
Dormi "cristã" e cheia de culpa. Acordei ainda cheia de culpa. Sabia da promessa do perdão divino após a confissão e arrependimento, mas ainda assim a culpa não conseguia sair. Talvez, como muitos cristãos, somos acostumados a pedir perdão por uma mentira, por um pensamento indevido, por atitudes e palavras erradas. Não sem alguma dificuldade, aceitamos o perdão, a culpa vai embora e está tudo ok. Foi aí que entendi que não estamos preparados para certos "tipos de pecado" - não que possamos estar preparados para algum. Mas, aquele pecado parecia sair do comum, me parecia grave demais para um cristão. Não, não conseguia me perdoar após isso.
Até que o amor dEle me constrangeu, recebi uma oração e finalmente consegui perdoar a mim mesma por algo que Cristo já tinha me perdoado desde o momento em que procurei a Sua ajuda. Por que demorei tanto a aceitar o perdão, se Ele, que é melhor juiz do que eu, já havia me perdoado? Mais uma vez, vi a nossa justiça própria nos levando pra longe dEle. A nossa justiça e a Graça não são harmônicas, não andam de mãos dadas.
Lembro-me de Pedro, quando negou Jesus. Os olhos de Cristo o fazendo lembrar da sua falibilidade. Eu vi esses olhos também. Entendi que sou falha, entendi que, sim, sou fraca. Mas também entendi que Ele é forte na minha fraqueza, e que não me abandonou nem mesmo quando o neguei frente ao furacão em que me encontrava. Ele me buscou e fui encontrada.
A minha paisagem final era uma praia, havia uma fogueira, um peixe posto em cima, e pão. Ele me serviu.
Tive dias de Pedro, dias de dor e redenção, de culpa e Graça.
Essa é a saga de todo cristão e essa é a Boa Nova: Ele veio, e, sim, há Graça.
Teresina - PI
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