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Palavra do leitor

Sem medo de ser feliz

‘’Se encontrarem a tal felicidade, por favor, não me diga’’.

Texto de Mateus 5. 01 a 10

O que é ser feliz? Alguém pode ou poderia dizer? Talvez, em meio a todo o oceano de tratados e conceitos, dos mais amplos e variados campos do saber, nunca se chegou a um consenso e sempre fica aquela pulga atrás da orelha, ou seja, cadê a tal felicidade? Para muitos, não passa de uma busca irreal, um esforço utópico, um devaneio e inútil. Afinal de contas, os inventários da história não apontam para a felicidade, mas sim uma pletora ou abundância de infelicidades, de indiferenças, de uma capacidade de o homem se rebaixar, se diminuir, abandonar, por completo, toda sua humanidade.

Então, viva o momento, curta os instantes, aproveite, enquanto puder, porque tudo não passa de uma caminhada para a morte e o fim. De certo, ouso estabelecer a felicidade não como o antídoto para todos os nossos problemas, para todas as nossas inquietações, ambiguidades, incertezas, vazios. Em direção oposta, considero a felicidade como momentos de esplendor, em meio aos eventos da vida, as quais nos formam, nos ajudam a amadurecer e perceber o quão e quanto podemos extrair situações de vivacidade, através do olhar de uma criança, de um sonho construído, de um afeto mútuo, de um prazer compartilhado e, em contrapartida, não nos remove das duras e até ácidas alternâncias da vida. Acredito, piamente, arrisco dizer, uma das finalidades das bem-aventuranças, conforme podemos extrair do texto de Mateus, reconhecer que a felicidade não se pauta e muito menos se estriba no quanto tenho ou não, embora, diante de uma realidade movida pelas engrenagens de uma leitura da vida do consumo e consumir.

É bem verdade, a felicidade apregoada por Jesus não se forma nos pentagramas do mercado e da ética utilitária ou o outro vale, por aquilo que pode me satisfazer, mais nada. Vou adiante, a felicidade das bem-aventuranças me faz ousar e viver e completar a minha existência, a minha espiritualidade, a minha afetuosidade e a minha identidade de imagem e semelhança de Deus, na maneira como pertenço ao semelhante e vice versa. Deveras, a felicidade das bem-aventuranças nos tira dos pedestais das ilusões de está bem a todo hora, a todo o segundo, a todo instante, porque não escondem os dissabores, os sabores azedos, as circunstâncias estarrecedoras da vida. Aliás, Jesus, o Cristo, não faz vistas grossas para nada, porque essa felicidade não se encontra nas prateleiras do sucesso artificial e imediatista, entretanto, na decisão por fazer esse caminho de perdão ou de se refazer, de discernir que não somos o centro de tudo, de que não somos a causa de tudo o que acontece, de se olhar, no espelho da alma, e não se envergonhar de suas cicatrizes e manchas.

Por fim, sem medo de ser feliz, andar pelas bem aventuranças, nos ajuda a cumprirmos, nem todas as vezes, as promessas da misericórdia, da compaixão, da integridade, da inteireza do ser ou da paz, da justiça restauradora e reconciliadora das relações humanas, da esperança que nos faz ir adiante.
São Paulo - SP
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