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Palavra do leitor

Por Todo Lado...

O dicionário Michaelis nos diz que corrupção é: “Ação ou efeito de corromper; decomposição, putrefação; Depravação, desmoralização, devassidão; Sedução; Suborno”.
Há quem pense que a corrupção seja um fenômeno recente na sociedade ou na Igreja. Cabe lembrar que a corrupção na Igreja existe desde os seus primórdios. Os evangelistas não tiveram receio de registrar alguns episódios de corrupção no grupo de Jesus. Os evangelhos sinóticos lembram o episódio dos irmãos Zebedeu que pretendiam ocupar os primeiros lugares no grupo dos apóstolos e chegaram até a envolver a mãe na tentativa de corromper Jesus (Mt 20,20-28). Também os sinóticos registram o caso de Pedro que tenta corromper o Mestre para que ele desista de enfrentar o poder religioso e tente fazer um pacto que não levasse à cruz e à morte (Mc 8,31-33). O próprio Pedro, logo no início da missão de Jesus, tenta corrompê-lo, instigando-o a aproveitar-se bem de sua popularidade para fazer muito sucesso, ganhar fama e, lógico, muito dinheiro (Mc 1,36-39). O evangelista João deixou registrado o fato de que o "tesoureiro” do grupo de Jesus desviava o dinheiro destinado aos pobres (Jo 12,1-11), "colocando-o na cueca”. E os evangelistas registram que este mesmo tesoureiro deixou-se subornar pelo Sinédrio e recebeu dinheiro para trair Jesus.
Nas primeiras comunidades cristãs também aconteceram casos de corrupção. Conhecemos o famoso episódio de Ananias e Safira que tentaram enganar os apóstolos (At 5,1-12). Na Samaria Simão oferece dinheiro aos apóstolos, tentando obter com isso certos poderes (At 8,18-24). Foi desse episódio que nasceu o termo "simonia”, usado depois para indicar a compra de cargos e títulos por parte de eclesiásticos. Paulo denuncia com veemência o comportamento de lideranças religiosas que pregam "outro evangelho” para "agradar aos homens” (Gl 1,6-10).
Porém, foi na Idade Média que a corrupção na Igreja conheceu o seu auge. Historiadores sérios registram episódios escabrosos como o caso de papas totalmente corruptos, amantes do dinheiro, que viviam em concubinato, tinham filhos e nomeavam seus filhos e parentes adolescentes como cardeais.
A corrupção atravessou os séculos e chegou até nós. Hoje ela está mais disfarçada e só em algumas ocasiões estoura em forma de escândalos.
Há corrupção quando o pastor privilegia as pessoas do seu círculo íntimo e trata com indiferença os demais membros da comunidade. Há corrupção quando o pastor permite que em sua comunidade somente algumas pessoas tenham determinados privilégios. Há corrupção quando o tesoureiro ou diretoria não prestam contas ao povo do dinheiro da comunidade. Há corrupção quando o dinheiro da comunidade é desviado para pagar as contas de familiares do pastor. E os exemplos podem ser multiplicados.
Como posso protestar contra a corrupção, se sou capaz de realizar pequenas infrações diariamente? Se a corrupção é pequena ou maior, me parece que depende fundamentalmente da oportunidade que se apresenta. Se sou capaz de encontrar uma justificativa para “pequenas corrupções cotidianas”, serei mesmo capaz das grandes corrupções se tiver oportunidade.
Temos, portanto, que combater a corrupção em todos os aspectos sejam eles na sociedade ou na Igreja. Embora exista a obrigação de analisar cada caso e de cuidar para que não se cometam injustiças e não se alimente as fofocas, não podemos silenciar diante de certas situações.
Estou convencido da atualidade da afirmação de Jesus que disse: "conhecereis a verdade e a verdade fará de vós homens livres” (Jo 8,32).
Não se evangeliza mentindo ou camuflando a realidade, mas admitindo com humildade os erros e os pecados. A dissimulação e o fingimento são os piores inimigos do anúncio do Evangelho. O viver fazendo de conta que tudo está bem, que estamos seguindo fielmente a mensagem de Jesus, tentando esconder o óbvio, contradiz o próprio cristianismo (Gl 2,11-15).
Campinas - SP
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