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Palavra do leitor

"Por que você fala tanto em poesia?"

Já me fizeram esta pergunta mais de uma vez e a resposta foi sempre a mesma. Há pessoas que fazem perguntas como crianças: só por perguntar. As pessoas deveriam pagar uma taxa cada vez que fazem uma pergunta. Afinal, se a pessoa pergunta é porque ela quer saber, ou seja, é como se ela estivesse fazendo uma consulta a algum profissional. Um dia eu passei no escritório de um advogado meu amigo e li: "Preço da consulta: 250 reais". Fazer uma consulta é expor algum caso, é fazer uma pergunta a um profissional de uma determinada área. "Por que você fala tanto em poesia?". A resposta é rápida, direta e seca: "Se você tiver coisa melhor para eu falar aceito a sugestão". Pronto, agora passa 250 reais pra cá! Mas não é bem assim, mas podia ser, afinal se a pessoa pergunta é porque ela quer saber e, logicamente, pergunta para quem eventualmente saberá lhe responder.

Brincadeiras à parte, falar de poesia e, sobretudo, fazer poesia é sempre um prazer e uma alegria, uma realização. Imagina você falar de algo que não sabe bem o que é, não sabe quando começa, nem quando termina. Algo solto e livre que se toca de leve e se sente como que flutuando no ar. A poesia é 100% natural, legal e sem nenhuma contra indicação, mas nem todos podem experimentar esse efeito divino, sublime e encantador. Já ouvi alguém dizer que poesia hoje está em extinção, que hoje a moda é outra, são outros os gostos e ninguém mais consome este produto que morreu com Carlos Drummond de Andrade e não deixou saudade. Então eu me pergunto: E aquilo que eu escrevo e tantos outros poetas escrevem? Por acaso não é poesia e se é provavelmente ninguém lê, afinal poesia está em extinção, ninguém mais lê, nem aprecia, ninguém mais gosta de poesia, de versos, de rimas, de romance e de flores? Eu quando escrevo sempre recorro à Bíblia que é o livro dos livros, o espelho e o sol, a chuva e o brilho, o sorriso do filho, enfim, a Bíblia é e sempre será a Bíblia. Nela tem muita poesia, grandes poetas nela escreveram os seus versos, quem a conhece sabe muito bem do que e de quem eu estou falando. Na verdade, na Bíblia temos poesia de Gênesis a Apocalipse, passando pelos Salmos e em todos os demais livros. Para o bom entendedor um verso basta. É alguém me perguntou: "Por que você fala tanto em poesia?". Eu poderia dar várias respostas, mas também não precisaria dar nenhuma resposta, afinal a resposta é muito óbvia. Quem fala muito em poesia é porque a ama e se interessa em estudá-la e praticá-la. Quem convive e vive a poesia a vê em cada segmento do dia a dia, desde a manhã até à tarde, desde o nascer do sol até o seu ocaso, também conhecido como por do sol, ou crepúsculo da tarde. E a poesia faz parte deste caminho na voz dos pássaros canoros e das crianças e até dos animais. É só ter ouvidos para ouvir, ouvidos "limpos" que possam ouvir claramente e se beneficiar com as rimas, os versos, as divisões, os temas, os sonetos e os poemas entrelaçados e festejados pelos amantes da boa poesia. Os temas são vários, hoje eu escrevi sobre o ciúme, que para mim é uma doença psicológica, uma dificuldade em confiar ao conviver com alguém, mas, sobretudo, é uma dificuldade de confiar em si mesmo.

CIÚME
Tem gente que tem ciúme do vento e do pensamento.
Tem ciúme da flor, tem ciúme do amor, tem ciúme da cor
e de tudo mais que for.
Tem gente que tem ciúme do frio
e tem também do calor, tem ciúme da fruta
e às vezes nada escuta quando bate o ciúme.
Tem ciúme do perfume e tem até do suor,
tem ciúme do lenço, do que falo, do que penso
e do que nem aconteceu,
tem ciúme de tudo que imagina e vê.
Tem gente que tem ciúme e a vida só nisto se resume.
Tem ciúme quando levanta, quando fala e quando canta
e tem até quando lê.
Cícero Alvernaz (autor) 08-01-2020.

"Por que você fala tanto em poesia?" Falo porque gosto e não tenho ciúme da poesia, pois ela não é propriedade de ninguém.
Mogi Guaçu - SP
Textos publicados: 606 [ver]

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