Apoie com um cafezinho
Olá visitante!
Cadastre-se

Esqueci minha senha

  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.
Seja bem-vindo Visitante!
  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.

Palavra do leitor

Os desfeitos de religião e glória

Produto demorado por processo doloroso. Talvez eu não encontre melhor expressão e junção de palavras para dizer como é a morte da parte carnal de ser religioso. Por anos, solo fértil de qualquer baboseira que se chamasse divina- mesmo não sendo. Por anos, a dicotomia de profano e sagrado, tornando por vezes repetidas, o sagrado em profano e o profano em divino. Tantos anos e dias, desentendida de que tudo que há, proclama a glória, sejam os céus ou acordes bem executados. Inexperiência errante de décadas dividindo em prateleiras de: do mundo ou de Deus, tirando Deus do mundo e o mundo de Deus, assim tornando inalcançável seu amor de tão livre acesso e expressão. Como se salvação dependesse de título ou de placa de igreja, como se não fosse suficiente o Cristo morto no vicário ato que rasgou o véu do templo e dividiu o tempo. Deixando de tornar, como se fosse possível, Cristo como a suficiência, como o arquiteto que esteve presente antes da criação do mundo.
É produto demorado por processo doloroso a formação de Cristo, ainda mais nos corações enraizados em suas tradições de certos e errados, adequados e inadequados, merecedores e desmerecedores. O Jesus que não agradou a todos, desagradaria sem pestanejar os muitos que hoje disfarçadamente- outros nem tanto, o chamam de Senhor. Ele veio para confundir os que se diziam seus, mas não eram, não apenas por não o reconhecerem, também por não aceitarem que o Messias andava descalço, junto de gente doente do corpo e da mente. Imagino a frustração dos fariseus em verem que a única coroa que coube na cabeça de Jesus era de espinhos e morte.
O arquétipo de um salvador repleto de glória foi desfeito por um carpinteiro, de nome comum, desnudado de glória, porém, inundado de tão inexplicável amor, misericórdia e sobriedade. Cristo foi sóbrio com os que o acusavam e com os que precisavam ser libertos de toda acusação. A mesma sobriedade que chama os cansados, de toda a sua religião carnal e farisaísmo de uma vida. Quando ele disse que no mundo estaríamos sujeitos a todo tipo de aflição, inclui-se a aflição de querer sempre colocar Deus em caixas de ser ou não ser, de querer dividir em porções individualizadas sua onipresença, onisciência e onipotência.
A religião quando carnal me dá a ligeira impressão de que agimos e fazemos a Deus nossas coisas ditas sagradas para que assim ele exista, só que a dura realidade é de que ele não precisa em nada da nossa existência para existir, porque somente ele é aquele capaz de chamar a existência coisas que não existem, inclusive a nós. Foi ele quem nos chamou a existência e ao enviar Cristo, nos chamou a pegar uma cruz e segui-lo, por isso que eu digo que ser discípulo, cada vez mais desfeito de religião, é ser produto demorado por processo doloroso.
Curitiba - PR
Textos publicados: 3 [ver]

Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.

Ultimato quer falar com você.

A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.

PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.


Opinião do leitor

Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta

Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.