Palavra do leitor
- 27 de março de 2018
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O que você está lendo?
"O que você tem lido ultimamente?", foi o que meu pastor, André Paes, me perguntou durante um almoço em 2013. A ocasião foi a seguinte: eu era recém chegado na igreja em que congrego, Comunidade Batista em Santo André, e pedi para almoçar com o ele porque sentia no coração uma vontade imensa de me envolver com missões. A pergunta me deixou meio sem graça, porque, apesar de gostar de ler, eu não lia nada de teologia ou vida cristã. Para resumir a história, ao fim do almoço ele me disse que passaria uma lista de livros que me ajudariam a formar minha caminhada cristã no ministério. Foram vários, com nomes como C. S. Lewis, Eugene Peterson, Francis Chan, John Stott, Steve Timmis, Wayne Cordeiro, Brennan Manning, Tim Keller, Ricardo Barbosa e outros. A lista não foi nessa ordem, mas eu organizei assim, porque foi mais ou menos como me preparei para ler. Deliberadamente, deixei o brasileiro para o final.
Não sei exatamente porque organizei assim, mas no fundo eu considerei os autores brasileiros tendo menos importância. Para minha surpresa, o livro que mais mexeu comigo foi o do Ricardo Barbosa, O Caminho do Coração. Quando eu terminei de lê-lo, pensei que "deveria ter lido ele antes". Sabe aqueles momentos que você sonha rápido com umas situações incrivelmente hipotéticas, do tipo, "se você tivesse que recomendar apenas um livro entre Cristianismo Puro e Simples ou O Caminho do Coração, qual seria?", minha resposta estava na ponta da língua: o do Ricardo. E minha resposta hipotética continua a mesma.
Depois deste, li outros, como Hernandes Dias Lopes, Franklin Ferreira, Ronaldo Lidório, Jonas Madureira, Osmar Ludovico e a lista continua. O ponto é que fui, e continuo sendo, beneficiado e abençoado pela escrita visceral, honesta, inteligente e madura de vários autores brasileiros. Se não tivesse vencido esse preconceito, teria perdido muitas horas de boa reflexão e aprendizado. Formaria minha caminhada cristã com os olhos de autores que talvez nunca pisaram terras brasileiras, não passaram pelos mesmos problemas, e que conhecem o Brasil apenas pelo futebol ou carnaval.
Escrevo este texto não como uma análise da "teologia brasileira", ou qualquer apelo neste sentido, mas apenas um registro da minha gratidão, e um convite àqueles que ainda não exploram as reflexões feitas pelos nossos irmãos brasileiros a se surpreenderem. Inclusive sobre temas "triviais", como namoro. Ainda não tinha lido nada tão bem escrito sobre o assunto quanto o livro do Jean Francesco, "O Significado do Namoro".
Quero incentivar meus amigos e familiares, de hoje e do futuro, a lerem e aprenderem com nossos conterrâneos. Não precisamos concordar com tudo, mas certamente seremos enriquecidos com a leitura e meditação. Em tempos de frustração com a nossa nação, este é com certeza um motivo de gratidão a Deus. Podemos importar e traduzir livros bons, mas precisamos valorizar o "made in Brazil". Que Ele nos abençoe!
Não sei exatamente porque organizei assim, mas no fundo eu considerei os autores brasileiros tendo menos importância. Para minha surpresa, o livro que mais mexeu comigo foi o do Ricardo Barbosa, O Caminho do Coração. Quando eu terminei de lê-lo, pensei que "deveria ter lido ele antes". Sabe aqueles momentos que você sonha rápido com umas situações incrivelmente hipotéticas, do tipo, "se você tivesse que recomendar apenas um livro entre Cristianismo Puro e Simples ou O Caminho do Coração, qual seria?", minha resposta estava na ponta da língua: o do Ricardo. E minha resposta hipotética continua a mesma.
Depois deste, li outros, como Hernandes Dias Lopes, Franklin Ferreira, Ronaldo Lidório, Jonas Madureira, Osmar Ludovico e a lista continua. O ponto é que fui, e continuo sendo, beneficiado e abençoado pela escrita visceral, honesta, inteligente e madura de vários autores brasileiros. Se não tivesse vencido esse preconceito, teria perdido muitas horas de boa reflexão e aprendizado. Formaria minha caminhada cristã com os olhos de autores que talvez nunca pisaram terras brasileiras, não passaram pelos mesmos problemas, e que conhecem o Brasil apenas pelo futebol ou carnaval.
Escrevo este texto não como uma análise da "teologia brasileira", ou qualquer apelo neste sentido, mas apenas um registro da minha gratidão, e um convite àqueles que ainda não exploram as reflexões feitas pelos nossos irmãos brasileiros a se surpreenderem. Inclusive sobre temas "triviais", como namoro. Ainda não tinha lido nada tão bem escrito sobre o assunto quanto o livro do Jean Francesco, "O Significado do Namoro".
Quero incentivar meus amigos e familiares, de hoje e do futuro, a lerem e aprenderem com nossos conterrâneos. Não precisamos concordar com tudo, mas certamente seremos enriquecidos com a leitura e meditação. Em tempos de frustração com a nossa nação, este é com certeza um motivo de gratidão a Deus. Podemos importar e traduzir livros bons, mas precisamos valorizar o "made in Brazil". Que Ele nos abençoe!
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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