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Palavra do leitor

Não temos outras opções?

O secular debate calvinismo x arminianismo parece cada vez mais acirrado e longe de uma decisão, como se vê nos recentes embates sobre a Teologia Relacional (ou Teísmo Aberto?). Apesar de existirem outras vertentes teológicas, estas duas têm monopolizado as atenções, parecendo as únicas opções factíveis.

Como leigos, ficamos assistindo a este espetáculo, parecendo às vezes que grandes personalidades do campo teológico foram encarregadas de decidir o destino eterno da humanidade. Chega-se a pensar em como o Cristianismo chegou até aqui sem um consenso sobre este tema.

Correndo o risco de ser mal recebido por tocar neste tema sem ser convidado, atrevo-me a expor como enfrento estas questões no meu dia-a-dia. Para balizar os pontos fundamentais desta batalha, fazemos abaixo um paralelo entre o calvinismo e o arminianismo.

Calvinismo clássico:

-Crentes verdadeiros foram predestinados para a salvação (nasceram para serem salvos).

-Aqueles que morrem sem fé em Cristo são condenados (foram predestinados para a perdição).

-Crentes verdadeiros não podem perder sua fé, visto que ela é um dom de Deus. 

-O crente que "perde a sua fé" nunca a teve realmente – ou pelo menos ela não 
estava em Jesus.

-Em resumo: Deus determinou quem será e quem não será salvo.

Arminianismo clássico:

-A salvação está acessível a todos, mas é preciso aceitar a Cristo.

-Aqueles que morrem sem fé em Cristo são condenados. 

-A pessoa deve perseverar na fé para ser salva. 

-Crentes verdadeiros podem perder sua fé e serem condenados. 

-Em resumo: a salvação depende também das atitudes do crente.

Não consigo comungar integralmente com nenhuma dessas vertentes pois nenhuma me testifica. Creio que muitos crentes estão na minha situação. Existe uma possível conciliação para elas? Não sei! O que creio é o que tentarei expor da forma mais sintética e clara possível.

-A salvação de todos é o desejo de Deus (Ez 33.11; Jo 3.16), portanto, Deus não determinou quem será e quem não será salvo pois Ele não seria incoerente.

-A plena vontade de Deus pode não ser atendida quando depende de escolha feita pelo homem, pois Ele decidiu transferir ao homem certo poder de decidir livremente (Mt 23.37; Gn 4.7). 

-Deus é onipotente (pode fazer tudo o que quer, mas da mesma forma pode deixar de fazer o que não quer) porém, não imporá ao homem toda a Sua vontade pois é também Sua vontade que o homem tenha liberdade de escolha (Gn 1.26; 2.16).

-Pelo fato do homem poder fazer escolhas erradas, portanto, contrárias à vontade de Deus, Ele estabeleceu o meio (único) de salvação, Jesus Cristo (At 4.12).

-A salvação não foi “planejada” ou “criada” por Deus pois Ele é perfeito e imutável; portanto, a salvação (Jesus Cristo) sempre fez parte de Deus, desde antes da Criação (Ap 13.8).

-O pecador, ao aceitar a Jesus Cristo se torna salvo (Jo 1.12), para sempre (Jo 6.51) e nunca perderá a salvação pois Deus a garante por juramento solene (Hb 6.17-19). Portanto, não há predestinação para a salvação ou para o inferno.

-O salvo, ao pecar, não perderá a salvação mas será corrigido por Deus, para a santificação (Hb 12.3-10).

-Deus não está amarrado ao tempo, pois Ele é Senhor do tempo (2 Pe 3.8). Portanto, não há como dizer que para Deus tudo é “agora” pois mesmo o “agora” faz parte do tempo, tanto quanto o passado ou o futuro. Nossa noção de tempo não nos permite entender como Deus age em relação ao futuro (Is 40.25). Assim, Ele, mesmo conhecendo o futuro, de um modo incompreensível, permite ao homem escolher ser salvo ou não, sem determinar ou impor esta escolha.

-Deus não precisa abrir mão de sua onisciência, onipotência ou onipresença para que o homem tenha livre arbítrio. Por conhecer tudo Ele não se torna culpado pelos erros humanos pois lhe deu liberdade de escolha. Por poder tudo, Ele concedeu liberdade ao homem, inclusive para errar. Por saber de tudo (Sl 139) Ele mantém tudo, inclusive o livre arbítrio do homem, sob controle, segundo o Seu conselho (Hb 11.3).

-O homem não pode balizar a Deus pelas percepções humanas, pois, se não entende a obra do Criador, quanto mais ao próprio Criador! O meio correto é aceitar o que a Palavra diz.

-Há maldade no mundo? Claro! Isto não diminui o amor de Deus. É o preço que pagamos pelo nosso pecado, pelas nossas más escolhas. Talvez seja também o preço que Deus se permitiu pagar (pois Ele também sofre com tudo isto), para que nós, feitos à Sua imagem e semelhança, possamos chegar à Vida Eterna, pois “... como está escrito: As coisas que olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram o coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Porque Deus no-las revelou pelo seu Espírito; pois o Espírito esquadrinha todas as coisas, mesmos as profundezas de Deus. Pois, qual dos homens entende as coisas do homem, senão o espírito do homem que nele está? Assim também as coisas de Deus, ninguém as compreendeu, senão o Espírito de Deus.” (1 Co 2.9-11) 

Apesar de tudo, me permito dúvidas!
Juiz De Fora - MG
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