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Palavra do leitor

Movimentos Sociais e o MSN

O Brasil tem se destacado pela atuação dos movimentos sociais, principalmente, nos tempos pós-golpe [civil e militar] ou pós-revolução [idem] de 1964, como queiram os leitores; é verdade que são movimentos sociais importantes, com destaque internacional, e que, em nosso país, se incrementaram durante a “ditadura” militar.

Alguns movimentos sociais históricos: guerra dos farrapos, inconfidência mineira, guerra de canudos, movimento tenentista, movimento feminista, revolução constitucionalista, e os mais recentes: movimento dos “sem” terra, movimento dos trabalhadores “sem” teto, movimento do passe livre e outros.

Consta que MST, MTST, UNE, etc. são “subsidiados” pelo partido do governo atual ou pelo próprio governo que, antes de 2003, tinham uma atuação muito forte de invasões de terras, de prédios públicos, de prédios residenciais desocupados, enfim do que lhes parecesse mais conveniente no sentido de pressionar o governo, oposição que eram. Após 2003, nos governos dos que lhes “subsidiam”, a intensidade das invasões foi arrefecida.

Consta que tais movimentos [ou parte de alguns], após a conquista de terras ou de moradias, vendem-nas e saem, novamente, para manifestações, que são mais provocativas das autoridades do que de legítima reivindicação de direitos básicos.

Nesta minha septuagenária vida, eu e meus familiares, passamos por alguns períodos “SEM”; éramos pobres e, vez em sempre, faltava alguma coisa; mamãe nunca entregou os pontos, isto é, nunca desaminou, colocava a situação nas mãos do nosso Deus e Pai, mas saía para batalhar.

Um momento “SEM” especial, que me marcou, foi quando terminei o primário no Grupo Escolar Caetano Azeredo, em BH [1951], e fui fazer o exame de admissão ao ginásio no Colégio Estadual, a melhor escola de BH, à época; tive uma crise de asma, por certo face à tensão pré-exame, e fui reprovado. Mudamos, 2 meses após [1952], para Juiz de Fora e o meu pai, “sem” ter recursos para pagar-me uma escola particular, decidiu que eu ficaria “SEM” estudar.

Minha mãe, na sua simplicidade, bondade, grande amor pela família, desceu [expressão que significava ir do bairro para o centro da cidade] e foi bater na porta do Prefeito conseguindo-me uma bolsa de estudo para o ano seguinte; por isso tive que ficar um ano parado, pois quando mudamos as bolsas já tinham sido concedidas.

Já adulto, percebi outro momento “SEM” de mamãe, fiz-lhe uma extensa carta tendo como tema o versículo bíblico: “O choro pode durar uma noite inteira, mas a alegria vem pela manhã” (Sl 30 5b); ela, viúva, já residia com meu irmão no Rio, e eu em São Paulo.

Em uma das visitas que lhe fiz, conversamos sobre a situação, momento em que ela confessou a dificuldade de entender as minhas palavras sobre o assunto, quando recebeu a carta. Conversamos, algum tempo, e ela entendeu e agradeceu os [merecidos] elogios que fiz a ela.

Na semana compreendida entre 12 a 18.01.15, passamos, eu, minha esposa e meu sogro por mais um momento “SEM” bastante grave: sem luz, sem água, sem banho, sem roupa lavada, sem roupa passada, sem elevador, pois em uma tempestade a chave de energia, da voltagem 220, ficou danificada, no poste. Em nosso prédio, face a esse acidente, mesmo com o retorno da luz, faltou energia elétrica para o elevador e para a bomba que leva água para a caixa d’água.

Nós, brasileiros, fazemos piadinhas para tudo e eu não fujo à regra; com os meus próprios botões, com todo o merecido respeito aos movimentos sociais, inventei criar o “MSN” [MOVIMENTO DOS “SEM” NADA]. Não fizemos passeatas, não invadimos prédios da Eletropaulo, mas, mesmo assim, os moradores, cada um de “per si”, ligavam sem parar para a Concessionária de Energia, que ficou com um volumoso dossiê de chamadas; finalmente, na noite do dia 17, tudo voltou à normalidade e o meu “MSN” se dissolveu.

Lembrei-me de mamãe que não se abalava frente aos problemas, aos momentos “SEM”, os quais ela entregava nas mãos de Deus que, sempre, esteve no controle de nossas vidas, e as soluções cedo ou tarde vinham.

Sempre compreendemos que o pensamento de Deus não é o mesmo nosso (Is 55 8-9), e que tudo que vem da parte d’Ele é melhor para nós, muito melhor do que as nossas egoístas e solitárias vontades e soluções humanas.

Lembrando-me da canção popular, década de 50, “lata d’água na cabeça lá vai Maria/lá vai Maria/ sobe o morro e não se cansa/pela mão leva a criança/ lá vai Maria”, presto minha homenagem à minha esposa que, a título de me poupar por ter 3 “stent” nas coronárias, desceu e subiu escadas buscando água no balde.

Finalmente, temos que orar como o Profeta Habacuque: “Mesmo não florescendo a figueira, e não havendo uvas nas videiras, mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimentos nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação” [Hc 3 17-18].
São Paulo - SP
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