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Palavra do leitor

Mais Evangelho

Quero compartilhar com vocês a postura de João Batista e de Jesus diante da religiosidade da sua época. Eles foram diferentes na sua conduta no meio religioso, social e político em que viveram. Espero que os religiosos, fundamentalistas, legalistas e autoritários do “evangelho” possam conhecer a proposta de Deus para a humanidade através do modelo de Jesus, que não tem nada a ver com o protótipo farisaico e institucional-empresa (Igreja) que temos hoje.

Você não é obrigado a concordar comigo, mas como discípulo de Cristo, me sinto na responsabilidade de propiciar a você, leitor, uma alto-avaliação e reflexão desse evangelho anunciado pelos modismos dos pseudos-evangélicos. 

As palavras de João Batista, não aquietavam a alma daqueles que ouviam a sua mensagem acerca do Reino de Deus. Ele expunha as feridas e a podridão não somente do pecado humano, mas principalmente do pecado das instituições da sua época, que reprimia e explorava os menos favorecidos. João bateu de frente com todo o modelo político-religioso da sua época, denunciando as arbitrariedades cometidas em nome da religião. A falsa postura religiosa propiciava as injustiças sociais e enaltecia a nobreza. João criticou ferrenhamente a carnificina chamada religião, que tinha como seguidores os fariseus, membros do sinédrio, e saduceus como mestres da Lei e conhecedores de Deus. João os chama de “raça de víboras”, bate de frente com a instituição, denúncia os escândalos e reprova os ensinamentos e a vivência religiosa desses grupos.

Muitas vezes deixamos de ser sinceros com nós mesmos e continuamos parecidos com os fariseus, membros do sinédrio (igreja) e saduceus (conhecedores da palavra), vivendo sob dogmas, doutrinas de homens, divisão, exploração dos dízimos e ofertas; tais práticas não tem nada a ver com a proposta do evangelho de Jesus. João teve a coragem de chamar a casta dos mais nobres religiosos de “raça de víboras”, belos por fora, mas venenosos por dentro. É assim como os religiosos vivem. Amantes de si mesmos e das coisas, mas se esquecem do amor, da misericórdia, do perdão, e da promoção do ser humano. 

O discurso de João abalou as estruturas das autoridades eclesiásticas. João foi fiel a sua consciência e não fez parte da religiosidade adúltera, ultrajada e sem Deus. João entendia que líderes religiosos e políticos eram carrascos e aprisionavam as pessoas em nome de Deus. Aqueles que viviam na opulência eram abençoados por Deus. Já os miseráveis, os doentes, as prostitutas, os que ficavam à beira do caminho eram amaldiçoados por Deus. Essa visão dualística foi imposta e ensinada pela religião e tida como verdadeira durante muito tempo. Graças a Deus que João compreendeu a função do Reino de Deus, que é produzir frutos dignos de arrependimento, ou seja, lutar pela valorização daqueles que são a imagem e semelhança de Deus. Usando apenas as idéias, ele afrontou o impermeável sistema judaico e o intocável império romano. Hoje, quando surgem homens iluminados por Deus, denunciando toda a podridão desse “evangelho” dos evangélicos que não tem nada a ver com o cristianismo, são taxados de heréticos, falsos profetas e que não conhecem a Deus. 

Acredito que existem muitos heréticos e falsos profetas dentro da própria igreja. Esses heréticos concordam com todo tipo de profecia, revelação e ensinamentos de homens que nem se quer falam e praticam a simplicidade do evangelho. Esse grande homem anunciou o Filho do Homem que veio para resgatar a dignidade humana. Infelizmente muitas igrejas têm visado mais a organização. Aumentamos templos, reformamos templos, nos reunimos para adorar a Deus, mas onde está o investimento no ser humano como imagem e semelhança de Deus? Onde estamos nós no meio dos pecadores? Com quem andamos mais, com os santos ou com os pecadores do mundo? Precisamos entender que, quanto mais defendemos a postura religiosa evangélica, mais ela crescerá alienando as pessoas, aprisionando-as, trazendo conformismo social. Tais fatores estão deixando as pessoas mais insanas e esquizofrênicas, tais distúrbios por causa dessa religiosidade. Quanto mais defendermos esse modelo de Igreja, mais distante estaremos do evangelho proposto por Cristo. 

Jesus Cristo investiu toda a sua vida na promoção do ser humano. Jesus não veio reformar o homem, nem dar um novo manual de conduta. Ele veio resgatar, libertar e promover a valorização do ser humano. Ele é o nosso referencial. O evangelho de Jesus encantava as prostitutas, os miseráveis, os moribundos da sociedade e até mesmo os intelectuais de sua época. Parece-me que o “evangelho” de hoje, que não é o evangelho de Cristo só encanta os “salvos”, os “santos” e a “igreja”. Não quero comungar com esse pseudo-evangelho, que só estão preocupados com as bênçãos, com o transcendente, com as curas, com as doutrinas, com as denominações, com os dízimos e suas ofertas especiais, com a construção de naves-catedrais...Seria vergonhoso demais para eu comungar com esse tipo de evangelho...
Fortaleza - CE
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