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Palavra do leitor

Lamento, Não Temos Líderes...

Recém –março/2015– fui questionado por um jovem aluno de minha sala de adultos da EBD a respeito dos escritos, vídeos e outras manifestações públicas dos líderes e lideranças cristãs do Brasil em face do tenebroso mal que grassa à solta a nossa Nação. Entendi sua perplexidade. As falas de tais líderes e lideranças são inócuas, surreais, fora do contexto do cotidiano do brasileiro. Não, não se trata de excesso de zelo pela compreensão do peso e implicações que possui cada palavra e frase que eventualmente proferem. É distância, mesmo. Suas falas não são dentro de, mas, paralelas a.
A circunstância é mais ou menos como se alguém encontrasse um homem caído em uma estrada e que acabara de ser roubado e violentamente espancado. Por causa das agressões que sofrera encontrava-se inconsciente e em estado geral gravíssimo. Era visível o risco de lesão permanente ou mesmo de morte. Providências urgentes careciam ser tomadas; não havia tempo a perder; a circunstância exigia uma postura cuidadosa, todavia, imediata, firme, prática e de resultado efetivo. Vamos colocar o nome do homem de BRASIL.
Acontece que os líderes e lideranças cristãs que encontraram Brasil moribundo põem-se em oração/reza para que Deus faça alguma coisa. E não para aí. Começam discorrer sobre as consequências nefastas do pecado e da crise social, política e cultural. Brasil teria alguma culpa sobre o que lhe ocorrera? Será que os pais de Brasil pecaram? Brasil mereceu aquela horrível surra por ser ateu, protestante, católico romano, tradicional, pentecostal? Será que Brasil usou mal seu livre arbítrio ou estava predestinado para aquela tragédia?
Talvez até convocassem uma “Marcha Nacional Por Brasil”. Ou então fizessem uma declaração: “O Brasil Ferido Pertence a Jesus!” Poderiam também fazer um “ato profético” naquele instante e cercar “espiritualmente” todas as entradas e saídas do local onde Brasil fora violentamente espancado! Quem sabe uma “Campanha da Fraternidade Pelo Brasil Ferido”? Talvez levassem Brasil para uma excursão à “Terra Santa”... Ou citassem passagens bíblicas que apontam o dever e a importância da intercessão, inclusive o clássico II CR 7:14. Mas, uma coisa é certa: jamais, nunca, em tempo algum, chamariam Herodes de “raposa” ou os que espancaram Brasil de “raça de víboras”. Faltam-lhes disposição, força moral, intrepidez para isso. Não têm indignação e fibra suficientes para reagir. Preferem os palcos às ruas. Não são martelos que esmiúçam rochas, mas, antes, broxas que caiam paredes.
Respondi ao meu querido aluno: “Lamento, não temos líderes ou lideranças cristãs no Brasil; temos administradores.” Administrar é uma coisa, liderar é outra bem diferente. Líder e liderança cristãs possuem –deveriam possuir– uma visão especial da realidade em que vivem. Amam a Verdade e a Justiça e por elas sacrificam-se. Compreendem a gravidade e riscos de seu tempo e tomam atitudes práticas, ainda que isso custe a incompreensão de muitos –às vezes da maioria. Não estão preocupados em agradar a homens, mas, antes, ao Senhor Deus. Vão à frente; são os primeiros a ouvir o sibilar dos projéteis e, via de regra, os primeiros a serem feridos. Mas não fazem isso por eles mesmos; fazem-no em nome de Jesus por sua geração e por aquelas que ainda hão de nascer. Têm uma visão diferente do espaço e do tempo. Aliás, servem ao Senhor do espaço e do tempo e a Ele querem adorar em culto racional.
A administração pode ser terceirizada, inclusive com diminuição de custos, dentre outros benefícios. Por outro lado, não há como terceirizar verdadeiros líderes e lideranças. Eles são essenciais. Eles são conhecedores da época, para saberem o que Israel deve fazer. Eles apontam o caminho no meio da dor, do medo, da desesperança e das nuvens negras que cobrem um povo. Têm a “ousadia” de, se necessário, prometerem mais dor ainda para que se chegue à cura. Expõem-se e confrontam em nome da Verdade e da Justiça, as quais amam. Eles jamais ousam infantilizar seus liderados. E tampouco os deixam na ignorância da gravidade e urgência do seu tempo.

O Brasil está acometido por chagas em todo o corpo. Há feridas abertas e outras que são feitas dia a dia. O estrago ético e moral a que chegou a Nação demorará gerações para ser corrigido –se houver correção. A doença é gravíssima. O cheiro exalado é muito ruim. Bactérias e vírus já contaminaram a presente geração que, como resultado, deixou de crer na Verdade e na Justiça. Não há referenciais dignos de serem apontados. Há em tudo a certeza da impunidade, e quando a punição acontece ela é burlesca. A corrupção não tem mais freio. O vergonhoso passou a ser chamado de “esperteza”; ao mal passou-se chamar bem e ao bem, mal; faz-se da escuridão luz e da luz, escuridão; põe-se o amargo por doce e o doce, por amargo.
Brasil está inconsciente, caído e gravemente ferido.

Lamento, não temos líderes... –Santo de Israel, onde estão os teus Profetas?!
“Soli Deo Gloria”

João Antônio Santa Rosa – Membro leigo da Igreja Meto
Santo Antônio Da Platina - PR
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