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Palavra do leitor

Individualidade e Individualismo

Nunca se ouviu falar tanto em individualismo ou individualidade. Estamos vivendo em uma época de exaltação a este conceito. O ser humano em busca de sua individualidade, ou seja, do que é peculiar ao seu caráter, a sua personalidade, acaba assumindo uma postura individualista.

Individualismo não é individualidade, e sim “um sistema que prefere o interesse individual ao coletivo; ou um sistema filosófico que considera o indivíduo como um fim de todas as leis morais e políticas” (Ruth Rocha). Individualidade, é o que se refere ao próprio indivíduo, são características de um determinado indivíduo. Assim, o individualismo não cabe e nem pode ser adaptado aos conceitos cristãos, mas a individualidade sim.

A individualidade não anula o senso de responsabilidade e de comunhão, pelo contrário, ela é usada como ferramenta para uma construção equilibrada na vida comunitária, ou seja, a individualidade ajuda a criar pontes, a alcançar locais inalcançáveis por alguns. A individualidade anda junto com novas perspectivas, novas possibilidades, e com a construção do respeito ao próximo, possibilitando o ouvir, o enxergar, o analisar. A individualidade constrói novas cores, novos sabores.

O individualismo anda na contramão, desbota, acinzenta, enegrece. O individualismo causa cegueira gradual e contínua, minando a capacidade de visualizar tons e cores, minando a capacidade de sentir aromas e sabores e conseqüentemente causando a desumanização da humanidade. O individualismo alimenta o egoísmo, que se torna sinônimo de adjetivos que qualificam quem o pratica. São as “desculpas” que qualificam os comportamentos inadequados. Tudo isso, tem sido gerado pelo individualismo.

Conselhos têm sido dados a partir de uma visão individualista, ações têm sido praticadas a partir de uma visão individualista, e até mesmo, muitas boas obras têm sido efetuadas a partir de uma visão individualista. E o mundo mergulha no caos de sua verdade. Luara Quaresma cita:

“O mundo ainda vai se acabar no seu individualismo e congelar na frieza das pessoas que aqui vivem. Eu estou tentando não ser uma delas. Não aqui, nesse mundo”.

A citação acima retrata o caminhar da sociedade em que vivemos. E o esforço de alguns para não ser vencido por este sistema, por este veneno lento e degradante que corrói não o corpo, mas o coração, a alma. Este sistema desfigura o homem, a coroa, o ápice da criação de Deus, e faz com que ele perca a sua referência. Luara Quaresma cita que “o amor é um sentimento muito caro”, de fato, ele é um sentimento muito caro, pois traz consigo muitas exigências; que poucos estão dispostos a cumprir. A maioria prefere se “agarrar a misérias emocionais”, é mais barato, mais fácil e não exige esforço. Por isso, muitas pessoas têm optado por uma vida cristã fora da comunidade. Viver fora, alheio à comunidade cristã é optar viver o cristianismo pela metade, é optar não desejar mergulhar na graça e no conhecimento de Deus, é optar pela privação do desenvolvimento cristão, do desenvolvimento pessoal, do desenvolvimento intelectual e emocional.

Viver fora da comunidade cristã é optar pelo farisaísmo, onde o conforto do “somos salvos e conhecedores da verdade” se torna o fim de todas as coisas. Viver fora da comunidade é não experimentar o novo. Viver em comunidade é saborear sempre o novo e saber distinguir os sabores, os doces e os amargos, os ácidos... os sabores que trazem vida. Viver em comunidade torna-se uma experiência individual enriquecedora. Onde se aprende na prática “que é melhor dar do que receber”, pois é dando que se recebe. Esta experiência só pode ser vivenciada em uma vida comunitária, em uma vida desprendida dos conceitos e valores que a sociedade, o mundo impõe.

Enquanto o mundo nos empurra ao consumismo, ao individualismo, ao egocentrismo, a busca das realizações pessoais e a filosofia do “eu primeiro”, a vida cristã comunitária nos inclina a buscarmos justamente o contrário e a enxergar a beleza no ser, na criação, na criatura, naquilo que está oculto, escondido, pois é precioso demais para estar como mercadoria no mundo. A vida cristã nos faz crer e buscar o sentido real da palavra amor, e que esse amor pode ser vivido ainda que não de forma perfeita, mas de forma que possa estar em crescente aperfeiçoamento. Só se descobre o sentido da palavra amor quando se descobre a vida em comunhão.
São Gonçalo - RJ
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