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Palavra do leitor

Igreja contextual: caminhos disfarçados

Igreja contextual. Muito se têm comentado e falado nos meios eclesiásticos sobre esse tema. Verdade que a Igreja tem se preocupado mais com assuntos marginalizados, como por exemplo, o papel da Igreja com os pobres, com os abandonados sociais, com meninos de rua, e principalmente com as pessoas que ainda não conhecem ao Senhor Jesus. O que se tem visto hoje é uma corrida, meio que desesperada, da Igreja de alcançar mais fiéis, de fazer “a Obra”. 

Mas, qual será a real motivação para isto? Em minhas reflexões, tenho sempre a sensação de que a Igreja faz isso como tentativa de limpeza de consciência, como se tentasse esconder algo que lhe aflige, como se tentasse compensar algo que lhe falta. Tenho pensado nisso nesses últimos tempos, e o Senhor sempre tem me incomodado com algo. Após uma observação e análise de reflexões de teólogos contemporâneos, ao se tratar de questões evangelísticas, pode-se pensar no papel do chamado culto “evangelístico”, Podemos ver esses cultos, em sua grande maioria, com um conteúdo insatisfatório das Escrituras e muito de conhecimento humano. No final, algumas pessoas sempre vão a frente, em sinal de conversão a Cristo. Mas surge algumas perguntas relevantes: Será que foram a frente em sinal a Cristo mesmo? Converteram-se mesmo ou se convenceram? Onde está Cristo nas nossas pregações? Sabemos que muitos falam dos caminhos para uma Igreja contextual. Muitos falam e apontam alguns caminhos, mas não observam o que estes causam para a Igreja Verdadeira; Na minha medíocre opinião, esses tais “caminhos” são na verdade, descaminhos disfarçados; São caminhos agradáveis aos incrédulos.

O que acontece em nossas igrejas atualmente é um culto à luz dos incrédulos, que estão ou por acaso na igreja naquele dia ou convidados. Não podemos e nem devemos intimidá-los ou iludí-los. As músicas tocadas devem ser de grupos musicais conhecidos. A leitura da Palavra deve ser rápida e curta. E é claro, os sermões devem abordar assuntos que agradem aos incrédulos, como a solidão, falta de esperança, falta de contentamento, mágoas, dificuldade de criar os filhos adolescentes, etc., e assim, os incrédulos, agora supostamente convertidos, devem ser encorajados a participarem de pequenos grupos ou de um curso bem facilitado sobre as doutrinas básicas que a igreja, melhor, que nós cremos. Isso é o que vemos hoje. Talvez eu e muitos outros estejamos enganados, e oxalá que estejamos mesmo. Enganados em relação ao contexto em que a Igreja está se envolvendo. Mas, volta e meia, surge uma inquietude de alma dizendo “Não estão”. O perigo que a Igreja aparentemente não percebe ao se tornar mais contextual é que ela aos poucos está se tornando mais parecida com o mundo. Está perdendo a característica fundamental, Jesus Cristo. A Igreja passa a se interessar por uma autonomia na adoração e uma espécie arbitrária de controle humanista. 

Essa Igreja contextual acaba roubando dos homens a liberdade que é encontrada somente no nome de Cristo, lhes dando algemas, que os prendem nas regras e regulamentos impostos pelos homens. Em uma busca de tentar fazer a Obra na situação em que a sociedade se encontra, a Igreja se vale de tudo. Utilizam desde discursos psicológicos até a manipulação das ordenanças e do serviço de adoração. Se ao promover jogos, comédias, piadinhas, vídeos de rock, sermões ao estilo pop-psicológico faz com que a igreja atraia incrédulos, então a adoração bíblica deve ser ignorada, negligenciando um dos princípios que regiam a nossa Igreja, a “Sola Scriptura”, ou Somente as Escrituras. Começam a se pregar um pouquinho de Bíblia aqui, com um pouquinho “Daquele homem que morreu na cruz” ali, e por aí vai. O que mais me entristece é que entre esses incrédulos que são atraídos pela essa tal Igreja contextual existem pessoas realmente ávidas por Deus, ávidas por algo mais na suas vidas. Pergunto-me se realmente elas conseguem isso nos “caminhos” que a igreja está tomando. O interessante que mesmo assim, Deus na Sua infinita misericórdia age por essas pessoas. Porém, ainda sou incomodado e até criticado pelos ditos doutos em Cristo, pelos “crentes”. Tentam dar um ar de puritanismo à igreja ao fazer a Obra, ao tentar ser contextual, mas na verdade estão dando um ar de apostasia a igreja. 

Vale ressaltar e até pedir perdão, pois até agora parece que estou falando da Igreja como todo, mas não estou; ou estou, mas permaneço covarde ao aceitar o que eu vejo. O que eu vejo é uma miscelânea de doutrina bíblica com doutrina de algum filósofo secular, sem contar com um ecumenismo encubado que estamos vendo ultimamente. E com isso, o povo de Deus não percebe que ao tentar se contextualizar, a igreja envereda por descaminhos, onde o ensino, o aconselhamento, a pregação estão carregados de psicologia-pop, de uma auto-estima néscia, com modelos de liderança de negócios ou com teorias sociológicas de crescimento e enriquecimento pessoal, a famosa “Teologia da Prosperidade”... (continua...)
Vitória Da Conquista - BA
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