Erotismo, ganância e poder (parte 3)

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O que é poder? Seria difícil estabelecer uma resposta satisfatória, mas a minha concepção é que poder é a vontade exercida de uma determinada pessoa ou grupo de pessoas sobre as outras. Perdoe-me por ser simplista nesta definição, mas é que conceitos mirabolantes não resolveriam a questão e acabaríamos por dizer coisas difíceis que provavelmente seria o que relatei de forma complicada. Mas essa ideia de poder contemporâneo não é a ideia que o evangelho apresenta.

A proposta do evangelho é tão simples e complicado à natureza humana que falar de poder no contexto evangélico é difícil. Para alguns, poder é realizar milagres dos mais complicados possíveis. Aí surge a frase “esse cara tem poder!”. Mas não é esse tipo de poder que quero lembrar o povo cristão que possuímos. É o poder de se humilhar, de considerar os outros superiores a si mesmo. De dizer a alguém que nos ofendeu que não será uma “simples” ofensa que nós afastará do convívio constante (como se uma ofensa fosse simples. Não é mesmo!). Quero lembrar aos conjugues que poder no casamento é considerar o outro superior a si mesmo, não é quem dá a palavra final, mas sim quem consegue avaliar tudo e reter o que é bom. Dizer para o esposo que ele tem autoridade e precisa exercê-la, mas isso não significa humilhar toda a família.
Dizer ao dono, gerente, supervisor que seus funcionários precisam ser motivados e que ameaças não motivam a ninguém. Dizer aos mesmos que poder no ambiente de trabalho significa que aqueles funcionários são seus filhos, que eles precisam ser cuidados, amparados, que vocês estão empregando o próprio Jesus. Aos empregados o que poderia dizer além de que o seu gerente, supervisor ou o dono da empresa é Jesus cristo (por mais parecido com o Diabo esse cara pareça!).

Aos meus governantes, o que poderia dizer a eles sobre o verdadeiro poder? Diria a eles para não fazerem projetos para enaltecer partido politico e sim para aliviar a dor da população. Diria a eles que, eles não têm do que se orgulhar seja qual for o feito que eles tenham realizado e que eles não são mais do que representantes do povo e por isso que estão lá.

O que Jesus deixou para nós foram orientações que a nossa natureza humana simplesmente odeia ter que pensar em realizar tal ato. Esse negocio de cada um levar a cruz começa a fazer sentido quando entendemos o que Jesus está pedindo de nós, porque realmente negar o que tem dentro da gente é difícil, carregamos um monstro e gostamos dele. O poder no evangelho é a negação de quem eu sou em prol do outro, e considerar o meu próximo como a mim mesmo e ainda por cima vê-lo como muito melhor do que eu. Até o meu inimigo é o meu próximo, até o filho desobediente que está no mundo das drogas, até o esposo infiel ou a esposa infiel, alias nem vou listar mais nada porque a lista de sujeitos malqueridos em nossa vida é muito grande. O poder no evangelho e ser simples e também ser humilde. O poder no evangelho não é ser o que se é, mas sim, ser o que Jesus é.

O sonho é que as pessoas que ainda não foram atraídas por Jesus sejam ao verem o poder de Deus que opera em nós. E sinceramente espero que todos compreendam que tipo de poder o evangelho propaga.

Vivemos uma sociedade totalmente erotizada, gananciosa e sem poder nenhum. A igreja também vive assim. Deus está nos mostrando o caminho de volta, que andemos por ele. Amém!

Textos utilizados: Lucas 9.23; Efésios 5.22-6.9; Filipenses 2.3

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Opinião do leitor