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Palavra do leitor

Cultos dominicais de adoração e cultos racionais

A preocupação com o esvaziamento das igrejas evangélicas, não deveria estar restrito às denominações que estão presentes, apenas, na Europa. Apesar das últimas duas décadas de crescimento vigoroso de evangélicos confessos no Brasil ( dos 13 milhões em 1991 para mais de 42 milhões em 2010 e estimativa de 51 milhões em 2015, correspondendo a 25% da população brasileira), podemos constatar, alguns sinais de diminuição em nossa freqüência aos cultos dominicais em nossas igrejas nos últimos anos.

Observamos, hoje, uma grande rotatividade entre os membros das diversas denominações. O que tem permitido, de certa forma, ao menos por um tempo, presumimos, certa estabilidade nos números de frequentadores de nossos cultos solenes.

A bem da verdade, tal realidade, ainda não é tão perceptível na igreja brasileira, quanto a que encontramos na Europa, igrejas, absolutamente, esvaziadas. Aqui, ainda, conseguimos, mesmo que não mais de forma constante, um grande número de crentes em nossos, abençoados e imprescindíveis, diga-se de passagem, cultos dominicais.

Ouvimos várias explicações para o esvaziamento das igrejas evangélicas europeias, (e mesmo americanas), tais como, liberalismo teológico, fundamentalismo, secularismo, materialismo, individualismo...

Mas, e em nosso país, quais desafios que enfrentamos hoje nas igrejas do Brasil que não encontrávamos, por exemplo, há vinte anos, que pudessem concorrer para, segundo nossa percepção, com a diminuição de novos convertidos no rol de membro em nossas denominações, não obstante, o crescimento de evangélicos no Brasil?

Estamos nos reportando a uma realidade de crentes avivados, nascidos de novo, fundamentados nas escrituras sagradas e dispostos a ouvir o Espírito do Senhor Jesus e servi-lo.

Portanto, não estamos tratando aqui, de um lado, denominações fundamentalistas e de outro igrejas pouco ortodoxas. Mas de igrejas, realmente, comprometidas com o Reino de Deus e fundamentadas em sua Palavra! Que desafios, então, essas igrejas se deparam, hoje, em pleno século XXI?

Alguns cientistas sociais têm classificado nosso mundo pós-moderno como a sociedade do trabalho. O mundo empresarial internacionalizado e conectado transformou o mundo corporativo exacerbadamente competitivo.

Diferente do que ocorria há vinte anos, apesar de muito trabalho, no final do expediente o trabalhador brasileiro voltava para sua casa e seguia sua vida pessoal normalmente. Hoje, é difícil para um jovem da chamada geração Y( nascidos a partir de 1980 ), inserido nesse mercado competitivo, separar sua vida profissional da pessoal.

Poderíamos até comemorar o fato de não se separar mais a vida profissional da pessoal, se, não houvesse uma sobreposição dos valores corporativos em relação aos valores pessoais do trabalhador.

Haja vista, novos modelos de gestão de metas e resultados de curtíssimos prazos, nas empresas, ter lançado mão de valores pessoais de seus empregados, antes inegociáveis; face à necessidade, desse mercado competitivo, ter seu empregado de corpo, alma e espírito.

O sociólogo americano Richard Sennett, no seu livro A Corrosão do Caráter( caráter enquanto valores pessoais de longo prazo), aponta nesse sentido. Quando um profissional de uma grande empresa com gestão de pessoas moderna e metas de difíceis cumprimentos, deve estar sempre flexível e aberto a mudanças; no sentido, evidentemente, dos interesses, em ultima instância, empresariais.

Portanto, deveríamos começar a enfrentar o desafio da igreja contemporânea em derrubar os muros imaginários que separam nossos cultos solenes de louvor e adoração a Deus, de nosso culto prático racional. Culto esse preconizado pelo apóstolo Paulo e que exemplificamos aqui, abarcando a vida profissional do cristão.

Para isso, não nos conformemos com esse mundo, assumindo para nossas vidas pessoais, práticas do mercado de trabalho que prescindam dos valores bíblicos, eternos. Pelo contrário, nos transformando, mesmo inseridos nesse mercado altamente competitivo, de forma que aprendamos a boa, perfeita e agradável vontade de Deus em nossas vidas, enquanto profissionais vocacionados por Ele.

Roguemos a Deus, por conseguinte, que efetue na igreja brasileira o querer e efetuar de uma vida na sua integralidade. E que Cristo, seja glorificado em nossas vidas não somente no espírito, mas também na alma e corpo, de forma que nossa segunda-feira seja uma extensão do nosso domingo.
João Pessoa - PB
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