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Palavra do leitor

Comoção mundial: um corpo inerte!

Na minha idade, 74 anos, já tendo visto e até participado de momentos fortes, momentos de grande comoção, eu já deveria estar acostumado com cenas de guerras, cenas de assaltos [fui assaltado duas vezes e minha residência uma vez] e até cenas de crimes nas quais há muito sangue inocente derramado.

Mas cada situação é uma situação, cada cena é uma cena, cada foto é uma foto, que nos mostram a realidade, a maldade, a crueldade que estamos vivendo, que estamos suportando, que estamos sofrendo.

Há cerca de sete dias o noticiário da TV mostrou um homem de 49 anos na porta da Catedral da Sé, dando um golpe chamado “gravata” em uma mocinha de uns 23 anos; tirou-a do recinto da igreja e foi arrastando-a até a escada, onde ela tentava se livrar, mas sem êxito.

Um transeunte, de 51 anos, subiu sorrateiramente pelo lado da escadaria, pulou em cima do agressor, que perdeu o equilíbrio e caiu, recuperou-se e detonou alguns tiros naquele que foi considerado herói por todos que assistiram a cena de violência; em seguida, o malfeitor foi abatido por tiros da polícia [os jornais do dia seguinte mostraram as fotos].

No mesmo jornal a cena mais triste e chocante foi mostrada, a foto de um bebê, de 3 anos, da Turquia, caído à beira mar, de bruços, o rostinho na areia, alcançado pelas ondas daquela praia, e o corpo inerte, sem vida, sem a alegria, sem o sorriso que são próprios da infância; em seguida vê-se outra foto dele, rígido, sendo conduzido, nos braços, por um homem que o recolhera.

Seus familiares também foram vítimas do desastre com uma pequena e frágil embarcação perdendo a vida com centenas de outras pessoas, retirantes da Síria, em guerra há uns quatro anos.

Essa guerra já colheu a vida de milhares de pessoas, vítimas das balas de armamentos de guerra, vítimas de bombas, vítimas de mísseis, vítimas de desabamentos de prédios-alvos da artilharia beligerante, enfim vítimas desse mundo perdido.

A violência, a perda de vidas não sensibilizou, ainda, os comandantes de ambas as partes do conflito armado; ninguém cede, ninguém se assenta em uma mesa de negociações em busca de uma solução pacífica para o problema, e a guerra continua!

Quanto aos retirantes, os que ainda não foram vítimas de desastres, tiveram as fronteiras dos países, para os quais se locomoviam, bloqueadas; nenhum desses países queria recebê-los, dar-lhes abrigo, dar-lhes um teto amigo, dar-lhes trabalho e até, quem sabe, dar-lhes nova cidadania; e já tinham sido vitimados por naufrágios de outras pequenas embarcações algumas dezenas, quiçá centenas de um tanto de desabrigados.

Ninguém se sensibiliza, também, em nosso País em que morrem assassinados e ou vítimas de balas perdidas uma quantidade bem maior, por ano, do que aqueles que já perderam a vida nessa guerra na Síria, em quatro anos.

Estampada a foto da criança inerte, já em estado de rigidez, nos jornais e TVs de todo o mundo, e os países, diante da comoção mundial, se sensibilizaram com o fato, com a foto, com a morte dessa criança, cuja cena denuncia a frieza, a indiferença, a intolerância, o desamor em relação ao bem mais precioso que é a vida humana.

Essa insensibilidade, essa frieza da mídia internacional a arrastou para um sensacionalismo que, afinal, quebrantou corações e lacrimejou olhos dos governantes mundiais.

Caso as águas do mar não tivessem conduzido e devolvido o corpo inerte dessa criança à beira de uma praia, estaria ela, ainda, no fundo do oceano como muitos outros, ainda, lá permanecem.

Assim, os corações dos dirigentes mundiais, mais especificamente daqueles países para os quais os retirantes se dirigiam, bem como as suas fronteiras ainda estariam fechados.

A Palavra de Deus, todavia, diz que “TODAS as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que foram chamados segundo o seu propósito” (Rm 8 28); foi essa comoção mundial que abriu corações, bem como fronteiras para o acolhimento dos refugiados da guerra síria e de outros fugitivos de zonas de conflitos como Nigéria Afeganistão, Eritreia, e Somália.

Por certo, esse pequeno menino já está na presença do Senhor Jesus, pois como Ele [o Senhor Jesus] mesmo disse: “Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino de Deus” (Mt 19 15).

Assim eu creio que isso aconteceu, quando aquela inocente alma se retirou do corpo rígido do frágil náufrago, e foi ter com Deus.

Sigamos nós as Palavras do Senhor Jesus e nos tornemos como as crianças: inocentes, sem maldade, sem malícia, sem dolo nos erros que cometemos, e com muita fé em Deus que nos enviou o Seu bem maior, o Seu Filho unigênito, o Senhor Jesus, para dar a sua vida para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3 16).
São Paulo - SP
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