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Palavra do leitor

Carnaval, uma simples manifestação cultural?

O carnaval é um período anual de festejos profanos, geralmente de três dias, cuja origem se perde em hipóteses, mas que foi vinculado ao calendário católico no século XV, quando ficou estabelecido que o domingo de carnaval ocorreria sete semanas antes do domingo de Páscoa.

Assim como a origem da festa é incerta, também o é a etimologia da palavra: alguns autores sustentam que deriva de carrum navalis, barco ornamentado com que os romanos abriam certos desfiles alegóricos; outros preferem considerá-la oriunda de carnem levare (suprimir a carne), que seria uma alusão ao período de abstinência da Quaresma, que tem início na quarta-feira de cinzas.

Festas com características carnavalescas existiram através da história, entre os mais diversos povos, desde as origens neolíticas da agricultura: os festejos eram então associados aos rituais de abertura do ano agrícola, à renovação da terra e à colheita. Nas máscaras carnavalescas tem-se buscado também origem ritual, relativa aos cultos dos mortos, praticado por ocasião daquelas festas agrícolas, principalmente entre os celtas.

Entre os festejos da Antiguidade que estariam nas raízes do carnaval europeu, fala-se especialmente nas saturnais romanas, que celebravam a volta da primavera, e das bacanais, também romanas, verdadeiras orgias religiosas em honra a Baco (Dionísio), deus do vinho e do delírio místico.

Portanto, o carnaval é produto de muitas influências, todas elas relacionadas com paganismo, idolatria e prostituição cultual. Já no Velho Testamento os profetas condenavam as orgias rituais praticadas em honra do deus Baal e da deusa Astarote, que eram os deuses da fertilidade, e já eram adorados pelos povos da Palestina quando o povo de Deus se estabeleceu naquela região.

Ao longo da história o carnaval foi sendo aceito, e até justificado, pelo catolicismo romano, sob o pretexto de permitir aos fiéis darem vazão aos desejos da carne durante um curto período, desde que em seguida se submetessem a um longo período de penitência, daí a imposição de cinzas na quarta-feira, a qual dá início à Quaresma, que dura quarenta dias.

A tolerância (não declarada oficialmente, é claro) que é dispensada ao Carnaval pelo catolicismo romano, por algumas igrejas protestantes e, ultimamente, até por alguns segmentos ditos evangélicos, deve-se ao entendimento de que se trata tão somente de uma manifestação cultural. O Carnaval, com o seu ritmo peculiar, que é o samba, é um elemento da cultura brasileira, e como tal, torna-se aceitável que os fiéis dele participem, desde que o façam com coração puro, apenas em busca de simples diversão. Alguns acham mesmo que é necessário participar, para, aproveitando sua riqueza cultural, adicionar elementos evangélicos tais como letras de samba, etc., e assim influenciar o Carnaval para o bem e dar testemunho do evangelho.

Entretanto, essas pessoas esquecem, ou desconhecem, alguns detalhes muito importantes, que nos ajudam a fazer um julgamento mais correto do assunto.

Em primeiro lugar, devemos considerar o poder transformador do Evangelho. É preciso que fique claro que é o Evangelho que transforma a cultura, e não a cultura que transforma o Evange-lho. Tomemos um exemplo: os índios têm excelentes práticas de conservação da natureza, as quais são baseadas na crença de que árvores, rios, animais, etc., são divindades, e por isso devem ser preservados. O Evangelho mantém os costumes de preservação da natureza, mas transforma-os, levando os índios a crer que a natureza é obra do Deus criador, e que só este deve ser adorado.

Em segundo lugar, não podemos perder de vista que muitos elementos da cultura são claramente demoníacos. Entretanto, uma parte desses elementos culturais pode ser transformada. Por exemplo, o costume que os adeptos das religiões africanas têm de oferecer seus filhos aos demônios, é mudado pelo Evangelho: quem aceita a Cristo passa a dedicar seus filhos a Deus e não ao Diabo.

Em terceiro lugar, muitas manifestações da cultura, além da inspiração demoníaca, são tão opostas aos princípios cristãos que não são passíveis de transformação. Têm que ser simplesmente rejeitadas. Este é o caso do Carnaval: ele quebra os princípios cristãos que dizem respeito à diversão, à adoração, à prática de virtudes como a sinceridade, o amor, a humildade, a temperança, ao uso do sexo, do dinheiro, do tempo, etc.

Infelizmente vemos hoje verdadeiras aberrações, como escolas de samba e blocos “evangélicos”. É a conseqüência da falta de se entender corretamente a relação entre Evangelho e Cultura. Na questão do Carnaval não podemos transigir: não é uma simples manifestação cultural, mas uma prática demoníaca que se opõe abertamente a Cristo, aos seus ensinos e à sua vontade. Não é possível ao cristão ter nenhuma simpatia pelo Carnaval!
Itaperuna - RJ
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