Boas Novas, Velhas Práticas

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Em minha vida cristã tive a oportunidade de passar por várias denominações. Fui católico desde criança. Depois, aos 23, evangélico da Assembleia de Deus, Congregacional e por fim, Batista. Em todas essas andanças aprendi que o evangelho é um só e todos concordam com os fundamentos da fé cristã. Mas, então, porque tantas denominações? Acredito que, ao estimular a leitura da Bíblia, veio junto a possibilidade da livre interpretação e como consequência os costumes. Assim surgem as denominações.

Mas o que falta não são as boas novas e, sim, o semear as boas novas na essência. Percebo que há uma preocupação em doutrinar na "forma" e não na "essência". As igrejas (instituições) querem que se aprenda o catecismo (católicos), o como falar em outras línguas (evangélicos), qual a forma correta de batismo (aspersão, imersão, afusão, se quando criança, adolescente ou adulto) e por aí vai.

Pensar no colocar a "essência" sobre a "forma" é buscar praticar, falar e ensinar (nesta ordem) sobre amor, alegria, paz, paciência, longanimidade, bondade, fidelidade, mansidão e equilíbrio (cf. Gl 5.22,23). O que revela o verdadeiro caráter cristão não é a denominação a qual ele ou ela pertença, mas se amam uns aos outros (cf. Jo 13.35) e se praticam o que tem ouvido (cf. Mt 7.24).

Sejamos mais "cristãos" e menos "denominação", para que possamos viver e pregar as boas novas e deixar de lado as velhas práticas, que mais separam do que ajuntam.

Em Cristo, que nos aceita como somos mas não nos deixa como estamos. À ele seja a glória para sempre.

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Opinião do leitor