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Palavra do leitor

Apagão: a Pátria sem chuteiras!

Ficamos descalços, o salto alto quebrou, e as chuteiras milagrosas do nosso triunfalismo, murcharam, encolheram, sumiram [ficaram invisíveis], não correram, não lutaram, não suaram, não se esforçaram, não reagiram, nada fizeram, pasmas diante do inusitado superior preparo emocional, físico, técnico e tático dos adversários.

Foi o pior jogo do torneio, e de todas as copas passadas, inferior até mesmo aos jogos dos países de menor expressão no plano internacional, dos quais nada se esperava, mas fizeram um bonito papel.

Saímos do penta saltamos o hexa, e fomos direto para o hepta [7 x 1]; um resultado acachapante, humilhante, desmoralizador para quem diz que somos os melhores do mundo, que somos imbatíveis, que a genialidade do brasileiro a tudo supera!

Há poucos dias, no início do ufanismo futebolístico dessa Copa, que [diziam] “era nossa,” eu disse em texto anterior:

“Deus nos fala, através do Apóstolo Paulo que ‘Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível’ (1Co 9 25), qual seja a vida eterna, a salvação pessoal, em vida, não após a morte; a salvação do pecado e de suas consequências para os que vivem em desobediência a Deus, que deixou claro na sua Palavra que Ele quer nos livrar do dia mau, da grande tribulação, do fogo eterno no inferno”.

Já que perdemos a taça corruptível, já que perdemos a taça que dependia de ritos e mandingas do ocultismo, claros e evidentes nos símbolos do troféu, é hora de acordar; o gigante ainda continua adormecido, embora com rompantes de sermos não o Brasil do futuro, mas, já, o melhor do mundo, em tudo, um oásis de triunfos, de vitórias [enganosas vitórias] na política, na economia, nas conquistas sociais, nos índices manipulados com vistas a dizer que alcançamos as metas.

Somos um País que vive de ilusões, que vive de fantasias, que vive de sonhos, que vive de promessas vãs nunca cumpridas, mas renováveis; a cada marolinha, a cada ventinho de tormenta à vista, um pacote de bondade se anuncia, e como “a esperança é a última que morre” (sic) dormimos na paz, tranquilos na certeza que amanhã o sol vai nascer mais amigo, que as estrelas cintilarão no céu brasileiro, que a tempestade vai passar!

Parafraseando a doutrina marxista que afirma que a “religião é o ópio do povo”, não temo dizer que o futebol é que é o ópio do brasileiro.

O povo iludido, enganado por um torneio muito bom, muito rico, muito agradável ao coração e aos olhos, muito entusiasmante; esse povo se esquece das dificuldades, se esquece das tristezas orçamentárias [deficitárias] do dia a dia, se esquece da fome, se esquece do frio, se esquece do pé no chão, e, face ao pé descalço, se esquece do bicho do [no] pé, aquela coceirinha gostosa que eu sentia quando criança pobre.

Diante do espetáculo de real grandeza, diante de competições tão vibrantes, o povo esquece que bilhões foram gastos no supérfluo, nos elefantes brancos que ficarão ociosos, às moscas, deteriorando-se por não haver público regional que lhes sustente a manutenção; e escolas não foram criadas, hospitais não foram construídos porque o ópio do povo foi alimentado, alimentado de falsas ilusões, que já desmoronaram, e de goleada!

Voltando a Paulo, o prêmio [taça] que o esportista busca é corrosível, é corruptível, é derretível como aconteceu com a “Jules Rimet”; mas o troféu Reino de Deus é permanente para os fiéis ao Senhor Jesus, Ele salva a tantos quantos o obedecem (Hb 5 9), mas o cristão não está isento de problemas materiais: perdas, derrotas, desastres, etc.; o Senhor Jesus disse “no mundo passais aflições, mas tende bom ânimo, pois eu venci o mundo” (Jo 16 33).

É incentivadora a expressão do salmista: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte (...) o Senhor está comigo” (Sl 23 4), e não podemos nos esquecer da oração de Habacuque; sim, “mesmo que a figueira não floresça, nem haja uva na vide, e o produto da oliveira falte, e os campos não produzam alimentos, mesmo que as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado”, mesmo que tudo de mal nos aconteça, ainda assim nos alegramos no Senhor.

Essa nossa alegria está alicerçada em algo muito mais elevado, muito mais relevante, muito mais motivador que é a certeza da vida eterna na presença do nosso Deus, o Deus criador do céu, da terra, dos mares e de tudo o que neles há; o Pai bondoso, justo misericordioso,digno, forte, único e infalível.

Se Ele prometeu nunca nos deixar, jamais nos abandonar (Hb 13 5) podemos confiar que Ele está sempre com a sua mão estendida para nós: elas nos abençoam, elas nos consolam, elas nos conduzem, ainda que no vale da sombra da morte!

Corramos a carreira que nos está proposta (Hb 12 1), a carreira rumo ao trono de Deus, a carreira da eternidade muito mais importante, muito mais gratificante do que as conquistas materiais, corrosíveis, corruptíveis, derretíveis, decepcionantes.
São Paulo - SP
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