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Palavra do leitor

Amazing Grace

Sempre que escuto este hino meus olhos se enchem de lágrimas. Nascido de uma conversão genuína de um ex-comerciante de escravos, o pastor John Newton (1725-1807), sua letra mostra, de forma clara, a graça de Deus que o atingiu de forma tão forte. Já velho, com a memória vacilando, Newton chegou a dizer: "Minha memória está quase nula, mas lembro-me bem de duas coisas: que eu sou um grande pecador, e que Cristo é um grande Salvador."

Entendo que a graça de Deus tem sido apresentada de forma pequena e limitada, muitas vezes manipulada indevidamente sob o manto dos costumes e conveniências das igrejas e suas filosofias teológicas. Digo filosofias teológicas porque o que se vê são linhas de pensamento que tentam analisar o divino sob a perspectiva das experiências humanas. Mas, em razão de nossas limitações, é, de fato, difícil fazer "conjecturas perfeitas" da grandeza que o evangelho é.

No comentário anterior, "Graça Barata?", expus a preocupação de que a graça de Deus esteja sendo mal entendida e até sendo distorcida ao sujeitá-la à necessidade do cumprimento das leis e ordenanças, bíblicas ou não. Foi frisado o perigo de tentar torná-la mais valiosa através de atitudes humanas, mesmo boas, porque será exatamente nesta tentativa que a graça de Deus será aviltada. Ela se manifesta mais maravilhosa porque quem a recebe não a merece.

Naquele mesmo comentário, "Graça Barata?", expus, de forma resumida, como entendo a atuação da graça de Deus, antes e durante a vivência da salvação. Pegando um "gancho" na reflexão do irmão Rogério Brandão, "Maria e a graça barata", faremos aqui um melhor detalhamento deste assunto que cremos ser vital para todo o cristão.

Quando foi exposta a seqüência "salvação", "disciplina", "santificação", como os passos a serem trilhados no processo da salvação não houve intenção em adotar fielmente a proposta do "discipulado", do excepcional Bonhoeffer, exatamente porque, a visão da "disciplina" está mais ligada à atuação direta de Deus aplicando "correção" (disciplina) do que a subordinação a um discipulado formal. O discipulado é muito importante, caso contrário não seria necessário que Paulo e os demais apóstolos escrevessem tantas cartas com recomendações a serem seguidas pelos crentes.

É neste ponto de aplicação que o discipulado se torna importante: na educação do crente a que busque a santidade, permitindo que a Palavra de Deus atue, ("... como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, a fim de a santificar, tendo-a purificado com a lavagem da água, pela palavra" (Ef 5.25-26). No entanto, nem sempre estamos dispostos a seguir a Palavra; aí é que entra a "disciplina de Deus", no sentido de correção (aplicação da "vara"). O texto de Hebreus 12.4-8, nos mostra esta faceta muitas vezes não enfatizada: "Ainda não resististes até o sangue, combatendo contra o pecado; e já vos esquecestes da exortação que vos admoesta como a filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, nem te desanimes quando por ele és repreendido; pois o Senhor corrige ao que ama, e açoita a todo o que recebe por filho. É para disciplina que sofreis; Deus vos trata como a filhos; pois qual é o filho a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos se têm tornado participantes, sois então bastardos, e não filhos."

Quando o autor de Hebreus diz que "não resististes até o sangue" pode estar se referindo a, pelo menos, duas situações: 1) resistir no testemunho da fé até o sangue, sofrendo diretamente no corpo agressões físicas, até com risco de morte, como relatado a respeito das testemunhas em Hebreus 11.37, em que foram apedrejados e tentados; foram serrados ao meio; morreram ao fio da espada, etc.; 2) resistir, como Jesus sofreu, como relatado em Lucas 22.44: "E, posto em agonia, orava mais intensamente; e o seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que caíam sobre o chão." Potanto, não há espaço para que o salvo ache que está impune ao preferir pecar. A correção pode ser dura e imediata.

O discipulado faz parte do processo de santificação, porém depende muito do discípulo e da competência do discipulador. Mas, a disciplina de Deus é infalível e sempre produz bons frutos em quem a recebe. Poder-se-ia dizer que a disciplina é o teste do discípulo. Por isto Deus não aplica a disciplina nos bastardos, nos não crentes.

Este envolvimento direto de Deus no processo de salvação está muito claro em Ezequiel 36 onde se pode ver que Deus toma a iniciativa e participa ativamente de todo o processo. Ali Deus afirma que faria "isto" e "aquilo" com o seu povo. Em nenhum momento diz que "nós" faríamos alguma coisa por nossa iniciativa! A santificação é portanto, o objetivo final deste processo dirigido por Deus.

Esta é a grande nova do evangelho: Deus nos busca e nunca mais nos abandona! Isto é que é a Maravilhosa Graça! Deus, o tempo todo, se ocupando de seu povo, mesmo rebelde, para que este povo seja, realmente, o "povo de Deus".
Juiz De Fora - MG
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