A igreja mais legal

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Em 30 anos de caminhada na mesma igreja, eu percebi cristãos vagando entre denominações, em busca do culto mais bacana. Na verdade eu não sei se “bacana” seria a palavra correta para ilustrar o que buscam. É estranho buscar algo melhor no vizinho, afinal, quem ou o que estamos buscando quando vamos à igreja?

Lembro de uma conversa onde eu e alguns colegas falávamos sobre o custo benefício de alguns clubes. A defesa de um clube perfeito sempre se baseava em satisfazer as nossas vontades com o menor valor possível.

Faço um paralelo a esta realidade de cristãos em busca da comunidade perfeita: são pessoas procurando a igreja que satisfaz todos os seus desejos e que cobram o mínimo (se possível, sem cobrar nada). Neste caso estamos falando de cobranças em relação a atitudes.

Bom, não quero entrar no mérito desta prática, porque eu tenho percebido um movimento diferente e muito legal. Se antes a igreja perfeita era a mais bacana, com músicas legais, luzes e uma galera descolada, hoje os jovens valorizam muito mais o silêncio, buscam um local onde possam sentar e ouvir a voz de Deus, independente do encanto das majestosas bandas de louvor ou se o pastor é famoso.

Hoje, o que os jovens querem é a exposição da palavra de Deus, querem um momento onde conseguem ouvir o sussurro de suas orações mais íntimas, querem olhar para o lado e ver pessoas que necessitam de Deus, assim como eles.

Os jovens querem repensar a relevância das instituições religiosas, pois eles são Igreja independente da qualidade do som de onde estiverem reunidos. Hoje, os jovens querem perceber e admirar a beleza da criação de Deus na arte, na cultura, nas vozes, mesmo que não tenha um selo gospel carimbando tudo.

Esses jovens não estão mais interessados na igreja, eles querem ser Igreja.

Graças a Deus por isso.

Em Cristo,
Pb. William Fernandes

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Opinião do leitor