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Palavra do leitor

A Igreja de pessoas para pessoas

A Igreja de pessoas para pessoas


‘’Somos catequizados, mesmo que no cenário ora denominado de evangélico, haja a aplicação de outras expressões, a conceber a igreja, como se fosse um compêndio de crenças e ritualismos, com um maior sentido, diante das situações extremas da vida ou quando incorremos na equivocada postura de ser um refúgio para fugirmos dela; entretanto, sem hesitar, o chamado de Cristo se volta para ir e viver a igreja, numa contínua e profunda mudança de valores, por onde o próximo readquire importância, em nossas decisões, em nossas posições, em nossas respostas. ’’


As sete celebrações, narradas no velho testamento, expõem as peculiaridades fundamentais da caminhada de ser e viver como igreja. Sem sombra de dúvida, passamos pela páscoa e percebemos a consumação de nossa justificação, como uma decisão estabelecida pelo Criador, em benefício de todo ser humano; adentramos nos paes asmos e compreendemos a anulação de todo o estado de culpa e condenação, ao qual outrora nos afligia, ou seja, todo o vazio existencial acabou por ser removido e chegamos as primícias, pelo qual temos a condição de atentar para a nossa origem e identidade, como feitos imagem e semelhança de uma criação original e nãos frutos de uma necessidade, de um acaso.

Não por menos, fomos levados a pentecostes e alcançarmos a questão de que ser cheio do Espírito Santo nos torna em pessoas de inspiração e criação; por consequência, leva – nos a sermos apregoadores das boas noticias, como testemunhas confessionais, apologistas do serviço incondicional, de disseminar a justiça restauradora e reconciliadora, a misericórdia e a tolerância, a erguer uma voz, em todos os momentos, impulsionada pela esperança que não arreda o pé da vida, com todas suas alternâncias.

Em todas essas conversas francas e abertas, chegamos a expiação e o quanto somente conseguiremos viver, dentro dessa dimensão, a partir do momento que estivermos livres de uma natureza egoísta e individualista e, por fim, encontramos todas essas realidades, na festa do tabernáculo. Verdadeiramente, extraímos a simplicidade do evangelho, em outras palavras, estarmos consolidados no Cristo Ressurrecto, conforme o texto de I Coríntios 10 descreve.

Afinal de contas, atua como a nossa nuvem, a nossa coluna de fogo, o sentido, o destino e motivo de nossa vida para o próximo. Nessa ponderação, as tendas das famílias estavam alderedor do Tabernáculo, ou seja, de Cristo. Agora, sem nos franquearmos ao Espírito Santo, tudo isso permanece no campo das interpretações e deduções, a bíblia se constitui num livro histórico (como outros, por ai), a fé numa relação de foro íntimo (sem efetiva implicação para ir ao próximo), a espiritualidade sujeita a experiências místicas e momentâneas que mais se assemelham a paliativos para massas desacreditadas.

Ultimamente, colhemos a anatomia de uma igreja restrita a ser templo, frequentada por ritualistas, dissociada da vida diária, com palavras indiscerníveis ao homem do cotidiano, da secularidade, das transformações sociais e culturais, acostumada a cultuar e endeusar o visível (dos expoentes líderes carismáticos, das personalidades predestinadas, de alguns escolhidos para saciar as multidões e nada mais).

Tristemente, herdamos mais de quinhentos anos, e bota mais séculos, de um modelo, de um estilo, de uma estrutura e de uma direção de igreja presa aos idealismos dos homens, da centralidade das decisões e da ruptura com a vida diária. Para piorar a situação, a junção com Roma desaguou na ilusão de um novo Israel e o desfecho, expressamente, soterrou a vida da igreja neotestamentária, da vida kahal, dos cristãos discípulos, testemunhas e servos de Cristo, como agentes promotores das boas noticias, células fecundas de vida e alegria.

Vou adiante, as sete celebrações fluem em Cristo e, por tal modo, todos se encontram (todas as tribos, todos os povos, todas as raças, todas as nações) não para uma alienação, mas sim para o resgate da dignidade, da igualdade e da liberdade. Observa – se também a nossa inclinação, como cristãos!

Quem sabe seja com um fé estribada ao transitório, todavia, o maior legado do cristão não tem sua consistência em discipular e ser discipulado, em ser uma testemunha confessional, em servir ao próximo e não eleger os anseios de uma cultura narcisista, triunfalista, ufanista, como a ênfase de nossa vida?

Por fim, a festa das sete celebrações nos alfineta para um aspecto crucial de nossa história, ou seja, acredito numa Igreja inter – relacional, de compromisso com a palavra clara, sem rodeios, alforriada dos adendos dos homens, com uma vida de oração dialogal, de se comprometer com o amor ao próximo (como reflexo de uma realidade curada, em Cristo) ou, oppostamente, numa igreja de ritualismos, de uns escolhidos e outros sentados?
São Paulo - SP
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