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Palavra do leitor

A crise revela quem somos

Crise, hoje, se tornou palavra da moda nas palestras e nos livros de auto-ajuda. Invadiu também os púlpitos cristãos, quase sempre com o mesmo foco dado pelo mundo: tornar pessoas (crentes?) em mega-vencedores. Mas, aqui, quero dar ênfase à forma de ver a crise, de acordo com a Palavra de Deus, utilizando-me da experiência de Elias, descrita em I Reis: 17-24.

Elias experimentou disso. O Rei Acabe, ao lado de sua mulher Jezabel, tinha sido, como relatado pela bíblia, "o pior rei da história de Israel, até aquele momento". Em seu governo, faltou comida e água (e não choveria por anos seguidos...). A mão de Deus pesava sobre Israel. Elias era profeta. Escolhido de Deus. Servo de Deus. Fiel a Deus e, no entanto, sofria também as conseqüências da crise, o que, de plano, exclui a falsa idéia de que os "filhos do Rei" não passam por crises.

Elias viveu todas as variantes de Crise. Ele teve crise no corpo: ele tinha fome. A fome sempre é prioridade. Quando se tem fome, a primeira coisa que se quer é comer. Deus não apenas sabia daquilo, com havia ordenado que aquela situação acontecesse. Elias estava em crise. Acabara de profetizar ao rei Acabe que não choveria, na região. Da boca de Elias, aparentemente, saira maldição para o povo. Mesmo Elias sabendo que seu nome significava “O Senhor é meu Deus”, entrou em crise. Foi obrigado a se levantar da “beira do ribeiro”, onde a água secara e onde esperava que os corvos o alimentassem, conforme determinado por Deus e se dirigir a cidade de Serepta, habitada por um povo ímpio, que não servia a Deus de Israel.

Lá, ele deveria procurar uma viúva que o sustentaria. Uma viúva pobre e não um fazendeiro ou um empresário rico. Vejamos algumas das coisas que podem ter passado por sua cabeça: se Deus me mandou, então ela deveria ter condições e não apenas um bocado de pão? Será que é esta mesmo a viúva que o Senhor me falou?” “Qual lugar terei que ir depois disso? Elias, embora em crise, mostrou absoluta dependência de Deus. Apenas ouviu o que o Senhor tinha para lhe dizer e obedeceu. Parece fácil, mas permanecer atento à voz de Deus, em meio aos sofrimento, mantendo fé absolutamente centrada na Pessoa do Senhor, é tarefa sobremaneira difícil, eis que necessário amadurecimento de adulto, ao mesmo tempo em que se exige a entrega que somente os filhinhos têm diante do Pai. O que nós pensaríamos se estivéssemos vivendo numa situação difícil como aquela? Procuramos profetas, ao invés de ouvir a voz de Deus, em Sua Palavra?). Teríamos disposição para obedecer? Permaneceríamos em crise, maldizendo a vida? Culparíamos os outros?

Ele teve, também, crises na alma: insegurança, medo, depressão, solidão e baixa auto-estima. Quando chega à casa da viúva, depara-se com uma situação desesperadora: uma mulher pobre que possuía apenas um pouquinho de farinha, o suficiente para fazer uma última refeição para ela e para o filho dela. E ele, num aparente egoísmo ordena à viúva que faça comida para ele. Imaginem a angústia de Elias em depender de uma viúva que chega ao limite máximo de desespero e pessimismo. Ela havia entregado os pontos, quando diz: “vamos comer pela última vez, eu e meu filho, e esperar a morte, mais nada”. No entanto, Elias sabia que precisava de alimento para recuperar as forças e buscar ajuda de Deus. Ao determinar que a mulher lhe desse água e comida, estava, mais uma vez, obedecendo a Deus. O que faríamos em seu lugar? Recuaríamos e nos sentaríamos para morrer um pouco antes da “viúva que Deus escolheu para nos ajudar”?

Elias sofreu também de uma aguda crise espiritual (O MENINO MORREU), revelada em sua oração-clamor: “Oh Senhor meu Deus! Também, até a esta viúva, com quem eu moro, afligiste matando seu filho”? Repare que ele coloca a culpa, a responsabilidade em Deus. Novamente, sente que por onde quer que vá, sempre será portador de más-notícias e de maldição. Friso que clamor é uma forma desesperada de abordar a Deus. Posso afirmar que Elias, por causa de seu desespero, era um homem em crise de fé, caso contrário, lembraria de como Deus sempre o respondia e, apenas, “pediria” a intervenção de Deus... Após isso, levantou-se de onde estava e caminhou. Obedeceu a Deus. E mais: deitou-se sobre o menino, como que querendo dar a sua vida a para que ele revivesse. E o milagre aconteceu.

Enfim, destaco que as crises servem para: reconhecermos quem somos: seres humanos sujeitos a fracassos e vitórias; precisamos um dos outros (Elias se submeteu à ser sustentado pela viúva e, esta, por sua vez, aceitou o milagre de Deus pela mão de Elias, em sua vida); confiarmos em quem cremos: de nós mesmos seremos capazes apenas de nos sentar e esperar a morte, portanto, nossa fé deve estar 100% centrada em Deus e em sua Palavra (desesperado, Elias clamou ao Senhor); que seja declarado o que Ele quer para nossas vidas: “reconheço que és um homem de Deus e que a Palavra de Deus, na tua boca, é verdade”.
Maringa - PR
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