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Palavra do leitor

A aguinha do Padre Geraldo

Era uma vez! ... era assim que, há muitos anos, se iniciavam as histórias, melhor dizendo, as estórias contadas às crianças.

Então, era uma vez um casal de classe média, Antônio e Joana, os quais se conheceram e foi amor à primeira vista, que paixão! Casaram-se e foram morar em uma casinha simples, mas muito bem situada, assim como cuidada com bastante zelo.

Nos primeiros meses, como diz a linguagem popular: “tudo são flores”. Antônio saia cedo, todos os dias, para o trabalho em uma marcenaria, e Joana [prendas do lar] ficava em casa cuidando da mesma e dos filhos, quando os tiveram.

Esquentava a barriga no fogão e a esfriava no tanque, essa era a rotina.

Quando ele voltava do serviço, exausto, jantava, em companhia da família, tomava uma boa chuveirada e ia dormir; mas a relação foi se desgastando, deteriorando em função daquela rotina diária, todos os dias as mesmas coisas.

Antônio, então, depois do serviço, começou a sair na companhia de alguns colegas de trabalho, marceneiros como ele. Havia, em frente à oficina, um barzinho e eles passavam ali algumas horas bebendo todas.

Noite adentro, feita a “vaquinha” para pagar a conta dos comes e bebes, ele saia sem um centavo sequer e ia a pé para casa, pernas cambaleantes, pois não tinha como pagar a passagem do ônibus.

Chegava em casa, tarde da noite, entrava batendo a porta com força, e já começava a gritar impropérios contra a sua companheira, também já cansada do trabalho doméstico; a briga durava enquanto o sono não o derrubava na cama; nos dias seguintes tudo se repetia e Joana não mais suportava aquela situação.

Joana esgotada foi à igreja conversar com o Padre Geraldo, desabafar, pedir-lhe orientação, conselho; este ouviu pacientemente a choramingação e deu-lhe uma garrafinha com água, a aguinha do Padre Geraldo, que deveria ser usada no momento em que o Antônio colocasse a chave na porta para abri-la; a água deveria ser mantida na boca, não engolida, enquanto o marido gritava com ela.

Passados vários dias e o esposo não encontrando reciprocidade nos seus xingamentos, passou a voltar mais cedo da oficina, sóbrio, e jantava junto com os familiares, tomava um bom banho, assistia alguma coisa na TV e, depois, ia dormir.

Joana voltou imediatamente à igreja para compartilhar com o sacerdote que a água fizera um milagre, era uma água milagrosa, pois o Antônio não brigava mais com ela; então, o padre Geraldo contou-lhe que a água era comum, não milagrosa, o que fizera o marido mudar foi o fato de não encontrar mais o revide da parte dela.

“Quando um não quer dois não brigam” dizia minha sábia mãe.

Embora seja uma “estorinha”, sabemos que há situações reais idênticas ao caso do casal Antônio e Joana; na maioria das vezes, termina em divórcio, uma separação na qual sempre os filhos é que são os perdedores, embora estejamos vivendo uma era do "casa, descasa; casa, descasa", o que já se tornou normal.

A estória me remete à Escritura Sagrada, como sempre ocorre em minhas narrativas do cotidiano; encontro um texto no qual Deus fala, pela pena de Pedro, às esposas [óbvio que se enquadra, se aplica, também, aos maridos]:

“Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa, ao observar o vosso honesto comportamento cheio de temor” (I Pe. 3 1-2).

Sim, o bom comportamento de um [a] dos [as] cônjuges influencia a vida do [a] outro [a] e transforma costumes grotescos, deseducados, irados em uma relação sadia, calma, tranquila, pacífica, mansa, com mútuo DOMÍNIO PRÓPRIO, características do fruto do Espírito Santo de Deus naquele [a] que se tornou filho [a] de Deus (Jo. 1 12) ao receber o Senhor Jesus no coração como único e suficiente Senhor e Salvador.

O Senhor nosso Deus e Pai dá, ainda, outro conselho a nós, cristãos, a respeito de uma boa convivência: “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo” (Ef. 4 26-27).

O fato de nos irarmos, em si, não é pecado; o pecado consiste em guardar a ira, deixá-la ativa até aos dias seguintes, situação em que o diabo permanece no leito do casal, entre um e o outro; assim o assunto deve ser resolvido de imediato com os devidos pedidos de mútuo perdão.

Também, através do salmista, Deus nos fala sobre uma convivência sadia: “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! (...) Ali ordena o SENHOR a sua bênção e a vida para sempre” (Sl. 133 1 e 3); este texto é, também, aplicável para quaisquer relacionamentos cristãos: entre cônjuges, entre irmãos, entre vizinhos, entre amigos de trabalho e/ou escola.

A santa união, sob a unção, inspiração, direcionamento e aprovação de Deus nos traz bênção e vida para sempre.

Reflita nisso!
São Paulo - SP
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