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Palavra do leitor

Duas crônicas sobre a simplicidade da vida cristã

Carta de desabafo

Peço, por gentileza, ser poupado de discursos apoteóticos, de apologias inflamadas, de acontecimentos inatingíveis aos reles mortais.

Não! E repito não aos aplausos no que alude a uma versão de bênçãos mais afeiçoada a uma balcão de ofertas e liquidações.

Vou mais além! Em breves e sonoros instantes, nenhuma manifestação ou argüição em abordar dilemas doutrinários, sermões, revelações e profecias seja a tônica.

Tão somente, quero curtir uma enxurrada de alegria e sorriso contagiando, de uma maneira saudável, ao próximo e eu também não quero ser privado dessa dádiva.

Então, as minhas convicções, as minhas ponderações, as minhas justificativas e, em suma, aos meus achismos, não ganhem projeção e ressonância!...

Em contrapartida, prevaleça a presença gostosa, afável e despida de um Deus lúdico, sonhador, amigo e sempre optando pelo recomeço.

Chega, chega e chega!...

Qualquer falência de algum irmão não seja contemplado. Ao invés disso, possamos estender as mãos e participar do renascimento da vida. Isto implica, aproveitar a oportunidade de participarmos do evangelho simples e singelo.

De nos ocupamos menos com o fato do nosso irmão pular, esbravejar e num êxtase copioso dar Glória a Deus, Aleluia.

Haja, sim e sim, mais abraço, mais boas palavras, mais compreensão, mais respeito, mais dignidade, mais transparência e imaturidade, mais serviço, mais servir ao outro banhado pelo mesmo Cristo, mais lembrança dos convalidos e negligenciados, mais ouvir e, enfim, menos eu.

Torna – me – ia em um tolo, ao aspirar alcançar uma vida de prodígios e virtudes, imune as máculas e limitações da minha natureza. Sou falho, gente, veia e sangue, dúvida e lágrimas e tenho aprendido a não ver tais traços como o fim de tudo!...

Ao invés disso, peço, com veemência, a vital necessidade de sermos agasalhados pelo Espírito Santo, porque só por meio do seu fecundo toque – vislumbraremos as faces de uma Igreja inspiradora, revelacional, iluminada e sem perder de vista a teimosia de um Deus pela vida.



Não ao Não!

Não ao não errar! Não ao não cansar! Não ao não duvidar! Não ao não chorar! Não ao não Ter medo! Não ao não retroceder! Não ao não ser gente e isto implica não ao não fechar para as vicissitudes da vida diária!

Quando olho para a Igreja, traço a linha métrica de que desaprendeu ou suprimiram – lhe levianamente alguns direitos universais, intransferíveis e eternos.

Em rápidas palavras, o direito de sorrir e dizer não a um rol de imposições mais alinhavadas a uma espécie de ditadura eclesiástica.

A minha adolescência vem como um bom exemplo, porque manifestar desejos sexuais, o dilema de assistir ou não a um filme pornográfico, o martírio por ter proferido um palavrão, o terror de que caso fosse jogar bola poderia ser castigado por Deus e outras cartilhas de um moralismo maluco beleza que quase solapou com a minha psique.

Indo mais além, reconhecer as fraquezas, as dúvidas, as angustias, as aflições, as agruras e descrenças de tudo o que provinha do púlpito.

Nisto, o curso do rio ganhou novos contornos, quando deixei as quinquilharias da religiosidade e parti para uma osmose ou influência recíproca com o Espírito Santo, deixando - o transitar pelos subterfúgios da minha história.

Desde então, tendo aprendido de que os grandes personagens da bíblica não abdicaram de dizer não, de olharem para os seus erros e equívocos. Sem ser o fim de tudo!...

Ainda hoje, não posso dizer ser o paradigma de uma fé apoteótica; mas tenho exercido uma existência mais feliz, alegre, viçosa, faceira e humana.

Em dias de uma obsessão pelo sim, deveríamos rever os manuscritos da nossa história e não descartar o não. Afinal de contas, o sim se completa e se coopta ao não.
São Paulo - SP
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