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Palavra do leitor

O que há de errado com a igreja brasileira? (parte 1)

Estava assistindo o vídeo com a fala de Gondim no encontro de 40 anos que a Ultimato disponibilizou. É impossível ler ou ouvi-lo e não sentir-se desafiado.

Todo cristão sóbrio que lê regularmente o Novo Testamento, especialmente as cartas às igrejas verá uma coisa muito estranha: há sempre algo de errado com aquelas igrejas.

Salvo engano, pois não sou especialista nem teólogo, apenas um amador nesses assuntos, somente a carta aos Filipenses não trata de correção, seja de erro doutrinário ou conduta, e em Apocalipse, somente a igreja de Filadélfia não é repreendida. No mais há sempre algo de errado com as igrejas.

Gondim sugere, por exemplo, alguns exageros que se incorremos ao tentarmos sairmos da crise na qual nos encontramos: maior busca piedosa (oração), legalismo, pragmatismo, maior acerto doutrinário, e etc. Depois ele sugere como possível via de escape uma teologia que seja crítica, que mexa em nossas “vacas sagradas” de nossas crenças camufladas ou explícitas.

Particularmente tenho entendido que nosso principal erro ao longo de décadas tem sido não entender o papel do “movimento” evangélico, como um todo ou das denominações em particular em um contexto mais amplo. Tendemos muito rapidamente a pensarmos que somos os únicos certos e os detentores da verdade. Ou pior do que isso, somos apressados em vermos com estranheza a maneira diferente de ser de outro grupo religioso ou cristão.

Assim nos distanciamos, nos isolamos e nos enfraquecemos. Não temos um entendimento daquilo que Deus quer promover na face da terra. Perdemos a visão de Reino de Deus, enquanto nos envolvemos com nossas questiúnculas e picuinhas locais.

Por que é assim? A primeira causa está na ambição por poder e vaidades humanas. Não só por parte das lideranças locais, mas principalmente por parte do rebanho que se deixa muito facilmente convencer por uma proposta sectária de “vamos ganhar o mundo pra Jesus (sozinhos)”.

Outra causa atrelada a essa ambição está nos traumas não resolvidos causados por rachas e desavenças passados. Quando tais feridas estão ainda abertas e purulentas - e na maioria dos casos ainda estão assim – existe um esforço humano para se provar de alguma forma que (naquela disputa passada) “eu” tinha a razão, que “eu” fui injustiçado e que o “outro” está errado e o “outro” agiu fora do espírito. Assim a força propulsora (e admito que muitas vezes Deus usa estas fraquezas nossas) para um novo movimento tende a se esgotar com o tempo e normalmente, as vítimas do passado repetem os mesmos erros de seus antecessores e viram vilões.

A terceira causa de não nos envolvermos com o macro e ficarmos detidos no micro é que não queremos pagar o preço sacrifical para isso. Somos imediatistas e comodistas. Esse tipo de coisa trás mais sarnas para se coçar e os riscos são altos, existe um alto grau de insegurança e incerteza. Então ficamos onde tudo está sob nosso próprio controle e damos o nome para isso de prudência, enquanto não passa de covardia.

No fundo temos mais coragem de nos envolvermos com uma igreja irmã lá no canfundel do Judas do que com uma outra aqui da esquina. Assim é nossa “vida” queremos alguém para amar, mas que não seja tão “próximo”. A proximidade e o amor podem ser uma ameaça muito grande para minhas paixões particulares, para meu conforto. Não enxergamos os benefícios potenciais e reais de uma vida comunitária autêntica orientada pelos padrões neo testamentários que tanto pregamos. Nesse sentido, somos na prática, os verdadeiros descrentes deste universo.
Fürth - EX
Textos publicados: 285 [ver]
Site: http://teologia-livre.blogspot.de/

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